Sidrolândia enfrenta aumento alarmante de violência doméstica

Cidade ocupa 10º lugar no ranking estadual; vítimas clamam por justiça e proteção

Sidrolândia, município de Mato Grosso do Sul, tem sido palco de preocupantes casos de violência doméstica. Recentemente, uma mulher de 41 anos foi brutalmente agredida pelo esposo no Bairro São Bento, sendo jogada ao chão, recebendo chutes e socos, além de ser ameaçada de morte. O agressor, de 43 anos, já possui histórico de violência doméstica, mas permanece impune, colocando em risco a vida de outras mulheres.

Dados alarmantes indicam que, nos primeiros 45 dias deste ano, foram registrados 39 casos de violência doméstica na cidade, representando 13,87% das 281 ocorrências do ano passado. Nos últimos quatro anos, Sidrolândia contabilizou 1.237 casos, além de seis tentativas de feminicídio, três feminicídios consumados e 159 estupros.

A rede de proteção às vítimas enfrenta desafios significativos devido à falta de estrutura adequada. A Sala Lilás, espaço de acolhimento na Delegacia de Polícia, está sem psicóloga desde o início do ano, e as policiais militares do Programa Mulher Segura não dispõem de viatura própria para atender as vítimas sob medida protetiva.

A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, visa coibir e punir atos de violência doméstica contra a mulher. Contudo, a efetividade dessa legislação depende de uma estrutura de apoio eficiente e da aplicação rigorosa das medidas protetivas previstas.

É imperativo que autoridades e sociedade civil unam esforços para fortalecer a rede de apoio às vítimas, garantindo segurança e justiça para as mulheres de Sidrolândia.