CORRUPÇÃO SIDROLÂNDIA

Justiça flexibiliza medidas cautelares para réus da Operação Tromper

Investigados por corrupção em Sidrolândia poderão voltar para casa mais tarde, mas seguem monitorados

A Justiça flexibilizou as medidas cautelares impostas aos réus da Operação Tromper, que apura desvios de dinheiro público em Sidrolândia. Entre os beneficiados estão Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, vereador afastado de Campo Grande, e Ana Cláudia Alves Flores, servidora afastada de Sidrolândia, além de outros envolvidos.

A decisão foi proferida pelo juiz da Vara Criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, que autorizou os réus a se ausentarem da comarca de seus respectivos domicílios sem a necessidade de prévia autorização do Juízo competente. No entanto, o magistrado destacou que “ficam mantidas as demais medidas listadas naquele ato decisório, em especial a prevista no item F, ou seja, autorização para que se desloquem para outras comarcas, desde que retornem no mesmo dia, cumprindo o recolhimento domiciliar noturno, inclusive nos finais de semana e feriados.”

Além disso, a Justiça flexibilizou o recolhimento noturno dos investigados. Antes, eles deviam estar em casa das 20h às 6h; agora, o horário foi estendido, permitindo que permaneçam fora até as 22h. Segundo o juiz, essa mudança não compromete a garantia da ordem pública, nem a aplicação da lei penal, uma vez que a monitoração eletrônica e outras medidas cautelares permanecem em vigor.

“Não se vislumbra, com o singelo afrouxamento das referidas, (…) prejuízo à garantia da ordem pública, à aplicação da lei penal ou à conveniência da instrução criminal, elementos que, à primeira vista, continuam assegurados com a manutenção da monitoração eletrônica e das demais medidas cautelares diversas da prisão”, concluiu o magistrado.

Os investigados que são afetados pelas flexibilizações são:

  • Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho– vereador do PSDB apontado como o ‘chefe’ da corrupção em Sidrolândia
  • Carmo Name Júnior– Assessor de Claudinho apontado pelo MPMS como o recolhedor da propina para Claudinho
  • Ueverton da Silva Macedo– Apontado como ‘líder empresarial’ que operava o esquema para Claudinho
  • Ricardo José Rocamora Alves– Empresário que ‘abraçava’ maiorias das notas do esquema
  • Milton Matheus Paiva Matos– empresário
  • Ana Cláudia Alves Flores– ex-pregoeira da prefeitura de Sidrolândia
  • Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa– ex-chefe de licitações de Sidrolândia
  • Thiago Rodrigues Alves– fazia ponte do esquema de Claudinho e verbas liberadas pela Agesul

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