POLÍTICA SIDROLÂNDIA

Rodrigo Basso responde críticas sobre alianças políticas enquanto Operação Tromper revela esquema milionário em Sidrolândia

Sidrolândia se vê no centro de investigações após envolvimento de vereadores e agentes públicos em fraudes; Rodrigo Basso rebate acusações em entrevista

Em entrevista concedida ao programa Tribuna Livre da rádio Capital ontem (19) pela manhã, Rodrigo Basso (PL) foi questionado sobre suas alianças com figuras políticas tradicionais, como Enelvo Felini, Daltro Fiuza, e seu pai Ari Basso,referidas como “raposas velhas”. Em meio às críticas, Basso destacou: “Em 30 anos de governo, Sidrolândia nunca recebeu a visita do GAECO; só na gestão de Vanda Camilo (PP) foram três vezes.”

As palavras de Basso ganham peso diante do recente desdobramento da Operação Tromper, que na sua terceira fase, ocorrida em 3 de abril deste ano, evidenciou a existência de uma organização criminosa dedicada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia. De acordo com o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), os contratos fraudulentos identificados somam cerca de R$ 15 milhões, envolvendo repasses de propina a agentes públicos municipais.

Um dos nomes destacados nas investigações é o do vereador Izaquel de Souza Diniz, conhecido como “Gabriel Auto Car” (PSD), que teria recebido repasses mensais da prefeitura. Documentos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) mostram que Diniz usou cartões bancários de familiares para ocultar esses repasses, uma estratégia revelada através de mensagens trocadas entre Tiago Basso e Claudinho Serra, ex-secretário de Fazenda.

A Operação Tromper, cujo nome deriva do verbo francês “enganar”, também apontou uma nova ramificação do esquema criminoso no setor de engenharia e pavimentação asfáltica. Com o apoio de forças especiais, como o BOPE e o Batalhão de Choque, a operação cumpriu oito mandados de prisão e 28 de busca e apreensão, intensificando a pressão sobre a gestão municipal e seus aliados.

Rodrigo Basso, em sua defesa, evitou entrar em detalhes sobre as acusações e preferiu focar nas críticas à atual administração: “A gestão precisa ser transparente, e é isso que buscamos ao questionar essas alianças.”

Genro preso

Na época vereador  da Capital Claudinho Serra (PSDB) foi um dos presos na manhã desta quarta-feira (3 de abril de 2024) no residencial Damha. Ele é genro da prefeita Vanda Camilo (PP) de Sidrolândia (MS).

Serra foi um dos alvos da terceira fase da Operação Tromper, iniciada em maio de 2023, que visa desmantelar um esquema de fraude em licitação, sonegação fiscal e corrupção em Sidrolândia.

O grupo criminoso utilizava empresas fictícias para desviar recursos públicos, mesmo sem possuir capacidade técnica.

De acordo com os investigadores, Serra atuou como secretário Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica até maio de 2023 em Sidrolândia, o que o teria colocado como parte do esquema de fraude licitatória. Os contratos já identificados e objetos da investigação chegam a aproximadamente R$ 15 milhões.

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