CORRUPÇÃO SIDROLÂNDIA

Servidores coagiram engenheiro a falsificar notas fiscais em Sidrolândia

Denuncia cita construção de estrada de R$ 6 milhões que nunca foi concluída

Prefeitura de Sidrolândia (Foto:Divulgação)

Operação Tromper, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), continua mostrando irregularidades em licitações de obras na prefeitura de Sidrolândia.

Documento que jornal Four News teve acesso mostra que a construção de uma estrada vicinal na região do Capão Bonito em Sidrolândia custou cerca de R$6.096.856,37.

A denúncia mostra que a obra não foi finalização conforme previa o contrato. Além disso, pouco menos de 1 mês após o fim da execução das obras, os moradores da região do Capão Bonito 1 fizeram denúncias ao legislativo Municipal, fundamentando que as estradas estavam impossíveis de escoar os grãos da região, causando atolamento dos caminhões que ali trafegavam.

No mesmo sentido, em janeiro de 2023, exatamente na época em que as obras haviam sido executadas, o Vereador Enelvo Junior (PRD) compareceu na Estrada da Laguna não havia sinalizações permanentes, tampouco revestimento primário nas estradas.

Carros atolados e barro: Motoristas atolavam em estrada que custou R$ 6 milhões em Sidrolândia.Conforme dados disponibilizados no Portal da Transparência, o contrato com a empresa possuía vigência entre 30 de julho de 2022 e 24 de fevereiro de 2023. Com o fim da vigência do contrato, a prefeitura assinou aditivo de R$ 1.492.525,67 para continuação das obras.

Estradas Laguna, Capão 01 e Capão 02, que somadas, formariam cerca de 40 km de estrada. Moradores e trabalhadores relataram a situação das vias (Foto:Divulgação)

No depoimento do Jonatas Kachorroski, engenheiro e fiscal da obra, o mesmo informou que foi executado a obra no trecho do Capão Bonito I, mas não soube informar a região. Segundo ele foram instalados seis placas de sinalização.

“Se eu não me engano são 6 placas (de sinalização permanente) no capão bonito I, trecho II, 8 na Laguna, na extensão, se não me falha memória 2 metros quadrados se eu não me engano, no total, somatória”, diz o documento.

Entretanto, conforme inspeção realizada pelos membros da CPI, em visita in loco no assentamento Capão Bonito I e II, não foi verificada a instalação de placas de sinalização permanente.

Em um trecho da conversar receptada pelo Gaeco mostra que Kachorroski, engenheiro, responsável pela construção da estrada vicinal era pressionado por Tiago Basso e Roger a fazer para emitir notas falsas. “Amanhã cedinho cara nós vamos apertar o Kachorroski para ele poder autorizar a primeira medição. Poder emitir a primeira nota, tá… fica tranquilo, vamos agilizar isso aí amanhã”, trecho da conversa entre Tiago e Roger.

Ainda em outro trecho,Kachorroski diz “O Tiago, daqui do departamento não foi autorizado nada pra faze amedição, tá, então tô falando com o Ademir aqui que é o fiscal lá da obra, eu até tinha mandado, tinha mandado um informativo até pro
Carminho, falei Carminho a gente não consegue faze esses pagamentos
agora cara, vai te que faze a medição de acordo mesmo com o
estabelecido lá no… no, na planilha, então, sem condições, mas esse
valor ai, num, num, num tem nem lógica, tá, e ai fica complicado
pra gente, atesta um negócio desse aí sem vistoria nenhuma. Áudio
enviado às 09:56:42 do dia 09/09/2022.

Porém, onze dias úteis após a data da homologação do certame, o denunciado Carmo Name Júnior envia mensagens para Tiago Basso informando que foi autorizado o primeiro pagamento para a empresa Maxilaine (Master Blocos), compra de bancos de concretos no valor de R$19,751 mil.

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