ANL Energia Limpa vai quitar dívida de R$ 3,5 milhões e doar usina de geração para a Arquidiocese
Acusada de ter dado o calote na Arquidiocese de Campo Grande a ANL Energia Limpa garantiu que vai concluir o projeto que prevê o fornecimento de energia solar para 328 comunidades católicas do Estado. Em reunião nesta tarde (28), ficou decidido que empresa não só vai assumir o empréstimo de R$ 3,5 milhões feito pela Arquidiocese para execução do projeto, como também vai doar a Usina de Geração Fotovoltaica de 1MWp onde a luz solar será convertida em energia limpa para as paróquias, capelas e comunidades.
De acordo com o sócio proprietário da empresa Alexandre da Silva o que ouve foi um mal-entendido. “O contrato segue vigente, houve um atraso na entrega dos equipamentos e por conta desse atraso, inclusive, já tínhamos essa reunião presencial marcada para ocorrer entre ontem e hoje. Mas daí fomos pegos de surpresa com essa acusação. O que houve foi uma falha de comunicação”, explica Alexandre.
Segundo o empresário a Arquidiocese teria trocado os responsáveis por intermediar o contato entre a entidade e a empresa o que pode ter gerado algum tipo de “ruído” na comunicação entre as partes. Contudo, em nenhum momento a empresa teria se negado a cumprir os compromissos do projeto, garante o empresário.
“Já havíamos encaminhado o projeto e toda a documentação, as estruturas já estão compradas, o cercamento da área onde vai ficar a usina já foi iniciado. Nunca deixamos eles no ‘vácuo’ então essa é uma situação bastante constrangedora”, completa o empresário. Amanhã, Arquidiocese e empresa terão uma nova reunião onde será firmado oficialmente o que foi acordado hoje. Em seguida, a ANL também deve divulgar uma nota sobre o ocorrido.
Alexandre não adiantou qual é a data de conclusão da obra, mas estima que a construção da usina de geração fotovoltaica deve durar cerca de seis meses. A energia gerada no empreendimento vai abastecer comunidades na Capital, mas também em Corguinho, Rochedo, Jaraguari, Bandeirantes, Terenos, Ribas do Rio Pardo, Sidrolândia e Distrito de Anhanduí.
O projeto
Para a execução do o projeto o Conselho Econômico e o Colégio de Consultores da igreja católica conseguiu um empréstimo de R$ 3,5 milhões com o banco Sicredi. Sendo que R$ 3,3 milhões seriam para pagar a ANL e R$ 200 mil para terraplanagem e a supressão vegetal da área onde será construída a usina de geração fotovoltaica.
No entanto, a empresa de energia solar não construiu a usina no prazo contratual de 270 dias após a liberação do empréstimo, e também não teria cumprido um novo ajuste no cronograma para reinicio das obras. Diante do descumprimento do contrato, a ANL atribuiu o atraso ao cenário de pós-pandemia que afetou a importação dos materiais necessários para a implementação da usina fotovoltaica contratada pela Arquidiocese.
Por:Campo Grande News
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