SIDROLÂNDIA

Família denuncia descaso após corpo de mecânico ser entregue com larvas em Campo Grande

Parentes acusam o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) de não refrigerar adequadamente o corpo, resultando na presença de larvas durante a liberação

A família de um mecânico que faleceu após um acidente em Campo Grande denuncia suposto caso em que o corpo foi entregue com larvas, indicando possível negligência no armazenamento pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol). Segundo relatos dos familiares, o corpo não teria sido refrigerado corretamente durante a perícia, o que levou à deterioração e ao aparecimento de larvas.

Bruno morreu prensado por uma carreta após a queda de um macaco hidráulico em uma oficina na tarde da última segunda-feira (3), em Sidrolândia.

Segundo Gislaine Brito, de 31 anos, prima de Bruno, a morte aconteceu por volta das 16h, porém o corpo só chegou à unidade de Campo Grande às 22h e permaneceu sem refrigeração até às 10h de terça-feira (4), quando um médico chegou. 

De acordo com a prima, a vítima ficou exposta a moscas e em estado de decomposição avançada, com larvas visíveis. “O corpo ficou em cima de uma mesa, sem refrigerador, juntando moscas”, relatou Gislaine.

“A Pax, responsável pelo traslado [de volta], não conseguiu mexer no corpo e nem aplicar formol, porque já estava em decomposição. Tiveram que lacrar o caixão, pois as larvas estavam saindo do corpo”, continua.

O corpo foi liberado às 15h30 de terça, mas o estado dele impediu a realização de um velório com caixão aberto. “Nós tínhamos tudo para dar um adeus adequado, mas não foi possível. O corpo não estava em condições para ser velado com caixão aberto”, lamentou Gislaine.

Durante desabafo, ela destacou o desrespeito da administração pública com a dor da família. “O corpo ficou mais de 24 horas sem ser refrigerado. Isso é um descaso total com a dignidade humana e com a família que está sofrendo. Como eles podem permitir isso?”, questionou.

O corpo de Bruno foi enterrado na manhã de quarta-feira (5), em Sidrolândia. Ele deixa esposa e dois filhos.

O caso levanta preocupações sobre os procedimentos adotados pelo Imol e o respeito devido às famílias enlutadas. Até o momento, não houve posicionamento oficial do instituto sobre as acusações.

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Com informações Top Midia News

Foto: Reporter Top

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