Justiça ainda vai decidir sobre pedido de Ana Cláudia Alves Flores, acusada de envolvimento no esquema de corrupção em Sidrolândia
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) se manifestou contra o pedido da ex-pregoeira de Sidrolândia, Ana Cláudia Alves Flores, para a retirada da tornozeleira eletrônica. Ela está entre os 22 réus da 3ª fase da Operação Tromper, que revelou um esquema de desvio de dinheiro e pagamento de propinas comandado pelo ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Fazenda do município do interior, Claudinho Serra (PSDB).
No pedido à Justiça, Ana Cláudia alegou que trabalha com organização de eventos para um buffet e que o monitoramento eletrônico dificulta a realização de serviços em outras cidades ou no período noturno. A defesa também sustentou que a ré precisa trabalhar para sustentar o filho.
No entanto, o MPMS se posicionou contra a solicitação, destacando que o filho da acusada mora com a avó em Sidrolândia, enquanto Ana Cláudia reside atualmente em Campo Grande. A promotora de Justiça, Bianka M. A. Mendes, ressaltou que a criança já vivia com a avó na época da deflagração da operação, em abril de 2024.
“O Ministério Público requesta pelo indeferimento dos pedidos de f. 4984/4985, mantendo-se o monitoramento eletrônico de Ana Cláudia Alves Flores”, reforçou a promotora. O pedido ainda será analisado pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da comarca de Sidrolândia.
Outros réus já conseguiram se livrar da tornozeleira
A Operação Tromper, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), desvendou um esquema de corrupção que operava durante a gestão da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo. A investigação resultou na prisão de 23 pessoas, incluindo o suposto líder do esquema, Claudinho Serra, que teria comandado o desvio de recursos enquanto ocupava o cargo de secretário de Fazenda da prefeitura, administrada por sua sogra.
Embora os réus tenham sido liberados mediante medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica, alguns conseguiram reverter a situação. Dois deles fecharam acordos de delação premiada e tiveram suas acusações temporariamente suspensas. Entre os que ainda estão monitorados, destaca-se Carmo Name Júnior, apontado como braço-direito de Serra e responsável pelo recebimento de propinas.
Por outro lado, o empresário Ricardo José Rocamora Alves, considerado um dos principais operadores do esquema, obteve recentemente autorização judicial para remover a tornozeleira. Resta agora aguardar a decisão da Justiça sobre o pedido de Ana Cláudia Alves Flores.
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Foto : Rede Social
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