Claudinho Serra e outros cinco réus continuam sob monitoramento eletrônico até abril
O empresário Ricardo José Rocamora Alves, acusado de operar o esquema de corrupção liderado pelo ex-vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), não usa mais tornozeleira eletrônica desde a última quinta-feira (9). A decisão judicial ocorre enquanto outros seis réus, incluindo Serra, seguem monitorados até abril.
Rocamora foi apontado como peça-chave do esquema, usando sua empresa para emitir notas fiscais “frias” e realizar repasses ilegais a outros envolvidos. A denúncia é parte da 3ª fase da Operação Tromper, conduzida pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que investiga desvios de dinheiro público em Sidrolândia.
Além de Rocamora, outros nomes também tiveram as tornozeleiras retiradas: Milton Matheus Paiva Matos, Thiago Rodrigues Alves, conhecido como ‘Thiago Nanau’, e Marcus Vinicius Rossentini de Andrade Costa, ex-chefe de licitações de Sidrolândia. Estes últimos eram acusados de intermediar verbas e fraudar licitações em benefício do grupo.
“Prejuízo de toda a sociedade”
Em sua decisão de prorrogar o monitoramento eletrônico de Claudinho Serra e outros cinco réus, o juiz Fernando Moreira Freitas da Silva destacou o impacto negativo do esquema. “O cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público […] causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, afirmou o magistrado.
Serra, que alegou ter um emprego lícito como vereador para tentar se livrar da tornozeleira, não participou de nenhuma sessão legislativa desde sua prisão em abril. Antes de ser preso, ocupava o cargo de secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia.
Delação e desdobramentos
A delação do ex-servidor Tiago Basso da Silva revelou detalhes do esquema, que envolveu setores como o Cemitério Municipal, a Fundação Indígena e o abastecimento da frota de veículos. Segundo as investigações, empresários pagavam valores entre 10% e 30% dos contratos para garantir a continuidade das fraudes.
Embora Rocamora e outros tenham se livrado do monitoramento, as investigações continuam, com Claudinho Serra e cinco aliados ainda sob controle da Justiça. O caso é mais um capítulo no combate à corrupção que marcou a gestão pública em Sidrolândia nos seus 71 anos de história.
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Foto: Divulgação
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