CORRUPÇÃO

Desembargador nega pedido para retirada de tornozeleira eletrônica de vereador Claudinho Serra

Acusado de desviar milhões em Sidrolândia, vereador seguirá monitorado por mais seis meses

O vereador Claudinho Serra (PSDB), réu por envolvimento em um esquema de desvio milionário na Prefeitura de Sidrolândia, permanecerá monitorado por tornozeleira eletrônica. A decisão foi confirmada pelo desembargador José Ale Ahmad Netto, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que negou, nesta quinta-feira (21), o pedido de liminar para suspensão do equipamento.

A defesa do parlamentar, representada pelo advogado Tiago Bunning Mendes, argumentou que Serra cumpre todas as medidas cautelares impostas e que a retirada da tornozeleira não comprometeria o andamento da ação penal, que investiga crimes como organização criminosa, corrupção e fraude em licitação. Porém, o pedido foi rejeitado pelo magistrado.

O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, já havia prorrogado o uso do equipamento por mais seis meses no mês passado. Ele destacou que o cumprimento das medidas cautelares não elimina a necessidade de monitoramento. “O simples cumprimento das medidas cautelares a que foram submetidos os requeridos não denota, sob qualquer perspectiva, a necessidade de desativação do aparelho de monitoração eletrônica”, afirmou em sua decisão.

Ao negar o pedido de liminar, o desembargador Netto reforçou a complexidade do caso e a necessidade de uma análise mais profunda no julgamento do mérito. “Não verifico patente ilegalidade a tornar mister a concessão da medida de extrema urgência”, ponderou. Ele também destacou que a decisão de manter o monitoramento está em conformidade com a gravidade e as peculiaridades do processo.

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça ainda irá analisar o pedido de Claudinho Serra em uma etapa posterior. O desembargador Netto foi o responsável por revogar a prisão preventiva do vereador em abril, após 23 dias de detenção. Enquanto isso, Serra seguirá monitorado, um lembrete constante do escândalo que abalou Sidrolândia.

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Foto: Divulgação

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