Juiz afirma: “Causou prejuízo à sociedade” e reforça gravidade dos crimes cometidos em Sidrolândia

O vereador licenciado de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), terá que usar tornozeleira eletrônica por mais seis meses, conforme decisão do juiz Fernando Moreira Freitas da Silva. Réu por corrupção em Sidrolândia, Serra foi apontado como responsável por um esquema que causou “vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, conforme trecho da sentença.
O magistrado destacou que o esquema envolveu fraudes em licitações, além do desvio de recursos públicos por meio de contratos que não tiveram os produtos entregues ou serviços prestados. “Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes violou o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios”, acrescentou o juiz, ao justificar a prorrogação da medida.
Claudinho Serra, genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, já havia sido alvo da Operação Tromper, que revelou o esquema de corrupção no município enquanto ele ocupava o cargo de secretário de Fazenda. Mesmo após a operação, os crimes continuaram, segundo as investigações. Serra tentou se livrar do monitoramento eletrônico, alegando ter um emprego lícito como vereador, mas não exerce o cargo desde 2 de abril. Após 23 dias preso, ele entrou com licença remunerada de 120 dias e, desde então, vem apresentando atestados médicos para não retornar à Câmara Municipal.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) também se manifestou contra a retirada da tornozeleira, alegando que o vereador tem “dependência de cargos políticos”.
Serra disputou sua primeira eleição em 2020, conseguindo apenas a segunda suplência do PSDB com 3.616 votos. O mandato definitivo veio após uma sequência de nomeações e renúncias de outros vereadores, culminando na sua posse em maio de 2023. Menos de um mês depois, foi deflagrada a Operação Tromper, levando à sua prisão e ao atual processo judicial.
Em contraste, o empresário e advogado Milton Matheus Paiva, também envolvido no esquema, conseguiu a retirada da tornozeleira após firmar um acordo de delação premiada com a Justiça. Enquanto isso, o futuro político de Claudinho Serra segue incerto, mas marcado por novas restrições judiciais.
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Foto: Divulgação
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