Advogado delator da Operação Tromper detalha esquema milionário que envolve até secretarias de Educação, Saúde e Desenvolvimento Rural, além de políticos e gestores municipais.
A segunda delação premiada da Operação Tromper, feita pelo advogado Milton Matheus Paiva Matos, de 25 anos, expõe um esquema de corrupção ainda mais abrangente em Sidrolândia e compromete o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB). No acordo homologado pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal, Matos revelou desvios de recursos públicos que foram usados para pagar festas de casamento, comprar veículos de luxo e até pagar propina para vereadores.
“Desviaram dinheiro público para comprar carro, pagar aluguel de caminhonete, bancar festas de casamento e até hospedagem em hotel de luxo”, detalhou o advogado em um dos quatro vídeos entregues às autoridades. Matos também apontou a prefeita Vanda Camilo (PP), sogra de Claudinho Serra e recentemente derrotada nas urnas, como uma das figuras centrais no esquema. Segundo ele, a Secretaria Municipal de Fazenda, sob o comando de Claudinho, teria sido utilizada como uma espécie de ‘cofre particular’ para financiar essas operações irregulares.
Entre os novos elementos trazidos à tona, Matos destacou desvios em diversas secretarias municipais, incluindo a de Educação, de Desenvolvimento Rural e de Saúde. Em um dos casos mais escandalosos, um terreno foi doado para que um secretário construísse sua própria casa. “O superfaturamento na construção do aterro sanitário e na operação tapa buracos também são parte do esquema, junto com a emissão de notas fiscais frias para justificar os pagamentos de propina”, acrescentou o delator.
Além dos desvios já conhecidos, o advogado se comprometeu a revelar mais empresas envolvidas no esquema que ainda não foram investigadas nas três fases anteriores da Operação Tromper. Um dos envolvidos no caso descreveu a nova delação como uma “bomba atômica”, destacando que a quantidade de provas trazidas por Matos elimina qualquer chance de absolvição para os acusados.
A investigação segue em andamento e será julgada pela Justiça estadual de Mato Grosso do Sul, enquanto os desdobramentos dessa delação já começam a causar mais turbulência no cenário político e administrativo de Sidrolândia.
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Foto: Rede Social
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