MPMS firma novo acordo de colaboração em investigação de corrupção em Sidrolândia, e defesa de vereador busca acesso ao conteúdo revelado
A defesa do vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra, foi surpreendida pela notícia de um segundo acordo de delação premiada firmado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), envolvendo um dos advogados acusados no esquema de corrupção milionária em Sidrolândia. O novo acordo promete fortalecer o conjunto de provas no caso, e a defesa agora tenta descobrir o que foi revelado pelo delator.
Tiago Bunning, advogado de Claudinho, pediu em juízo o acesso aos autos da colaboração na segunda-feira (21). Ele também levantou suspeitas sobre o vazamento de informações sigilosas à imprensa. “Diversos portais de notícia informam a existência de nova delação premiada, desta vez realizada entre o Ministério Público e a pessoa de Milton Matheus Paiva Matos, relatando detalhes sobre o acordo, o que demonstra que a imprensa possui informações privilegiadas sobre dados processuais sigilosos”, afirmou o advogado.
Em sua petição, Bunning também pediu mais prazo para apresentar a defesa prévia de Claudinho, alegando que não possui sequer o número dos autos para juntar procuração e requerer o acesso ao material sigiloso. “Diante de todo o exposto, requeremos que o Ministério Público Estadual seja intimado para fornecer à defesa o número dos autos em que foi feita a referida colaboração premiada, em observância ao contraditório e à ampla defesa”, afirmou o advogado, ressaltando a necessidade de redefinição do prazo de resposta à acusação após o acesso aos documentos.
A colaboração de Milton Matos, que anteriormente era um dos réus, já vinha sendo mencionada em diferentes momentos do processo. Em um dos pedidos judiciais, ele argumentou que deveria ser liberado do uso de tornozeleira eletrônica por ser advogado e ter “condições particulares não compartilhadas com os demais investigados”. O Ministério Público, por sua vez, destacou que o delator não se encontra na mesma “situação fática processual” dos outros réus, justificando a concessão de benefícios apenas a ele. “A retirada do equipamento de Milton Matheus Matos Paiva ocorreu em razão de sua postura processual, revelada diante da intenção em colaborar com a apuração dos fatos”, esclareceu o órgão.
Enquanto o conteúdo da delação segue mantido em sigilo, Matos é apontado como um dos principais operadores do esquema, supostamente responsável por sacar propinas destinadas a Claudinho Serra. A revelação de novos detalhes da colaboração promete intensificar os próximos capítulos desse complexo processo judicial, que já movimenta os bastidores políticos de Sidrolândia.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar as noticias do FourNews
Fotos: Divulgação
Deixar um Comentário
Você precisa fazer login para postar um comentário.