A nova fase da agricultura em Mato Grosso do Sul promete transformar a região de Sidrolândia. Com o recente anúncio da criação do “Polo de Agricultura Irrigada do Centro-Sul de Mato Grosso do Sul”, a cidade é uma das 26 que agora faz parte dessa iniciativa inovadora, que tem o potencial de aumentar a produtividade agrícola em mais de 50%.
“Estamos falando de uma revolução para o campo”, destaca Daniele Coelho Marques, diretora executiva da Associação de Irrigantes do Estado. “Com a irrigação, os produtores de Sidrolândia poderão colher até três safras por ano, aproveitando ao máximo suas terras.”
A irrigação nas lavouras já demonstra resultados impressionantes em experimentos conduzidos pela Embrapa. Em áreas irrigadas, a produção de soja saltou de 134 para 172 sacas por hectare. No milho, o aumento foi ainda mais expressivo: de 253 para 407 sacas por hectare. Para os agricultores da região, isso significa mais rentabilidade sem a necessidade de expandir o cultivo para novas áreas, uma solução sustentável para atender à crescente demanda por alimentos.
O governo estadual, junto ao federal, investe fortemente em infraestrutura e energia elétrica para viabilizar os projetos de irrigação. “A segurança hídrica da Bacia do Rio Paraná é um diferencial para Sidrolândia e os demais municípios do polo”, afirma Denilton Flumignam, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.
Além de soja e milho, a proposta da irrigação abre espaço para a diversificação das lavouras com frutas e hortaliças, produtos que muitas vezes são importados de outros estados. Para o mercado local, isso representa um impacto positivo, tanto para pequenos quanto grandes produtores.
O Programa Estadual de Irrigação – MS Irriga, lançado em julho deste ano, visa transformar Mato Grosso do Sul em um dos maiores polos de agricultura irrigada do Brasil. “Com 2,4 milhões de hectares de alta aptidão para irrigação, o Estado tem potencial de sobra para alcançar uma posição de destaque no cenário nacional”, afirma Jaime Verruck, titular da Semadesc.
Sidrolândia, com sua tradição agrícola, agora tem a oportunidade de alavancar sua produção e se consolidar como um dos motores do desenvolvimento rural sustentável em Mato Grosso do Sul. “Esse é o futuro da agricultura”, conclui Daniele Marques.
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Foto: Semadesc
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