AGRICULTURA

Seca severa afeta Sidrolândia e produção de milho 2ª safra despenca 40,5% em Mato Grosso do Sul

Município apresenta desempenho acima da média estadual, mas ainda sente impacto da estiagem prolongada

A seca que castigou o estado de Mato Grosso do Sul neste ciclo agrícola afetou drasticamente a produção de milho da segunda safra, com uma queda significativa de 40,5% em comparação ao ano passado. De acordo com o levantamento realizado pelo Projeto Sigo-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio), divulgado nesta terça-feira (24), a produção total do grão caiu de 14,220 milhões de toneladas para 8,457 milhões.

A falta de chuvas nas fases críticas do desenvolvimento da planta foi apontada como a principal causa pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul). “A estiagem foi severa em várias regiões do estado, afetando a produtividade em larga escala,” destacou Gabriel Balta, coordenador técnico da associação.

Sidrolândia, que se encontra na região central do estado, se destacou por apresentar uma produtividade média de 71 a 86,9 sacas por hectare, bem acima da média estadual de 67,05 sc/ha. Mesmo com esse desempenho superior, o município ainda sentiu o impacto da seca prolongada, o que impediu resultados ainda melhores. “Os municípios de Sidrolândia, Maracaju e Rio Brilhante conseguiram se sobressair, mas não ficaram imunes às consequências da estiagem,” completou Balta.

O estado como um todo sofreu uma retração expressiva na produtividade, que no ciclo anterior havia registrado uma média de 100,64 sacas por hectare. Sidrolândia, que responde por uma parte significativa da área cultivada de milho no estado, com seu solo fértil e vasta extensão agrícola, tenta agora se reorganizar diante dos desafios impostos pela seca.

O panorama para os próximos meses ainda é incerto, mas os produtores locais já começam a traçar estratégias para minimizar os impactos da estiagem nas futuras safras, enquanto aguardam melhores condições climáticas para recuperar o fôlego no agronegócio. “Precisamos continuar apostando em tecnologia e manejo eficiente para garantir que mesmo em tempos difíceis possamos manter a produtividade”, comentou um agricultor da região, que prefere não ser identificado.

Sidrolândia, assim como outras regiões de Mato Grosso do Sul, segue em alerta e espera uma melhora nas condições meteorológicas para que a próxima safra traga melhores resultados.

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Foto:Edemir Rodrigues

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