CORRUPÇÃO POLÍTICA

Prefeita Vanda Camilo é desmentida por documentos oficiais: contratação de delator expõe contradições em Sidrolândia

Documentos do Diário Oficial da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) desmentem as declarações da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), de que não teria sido responsável pela contratação de Tiago Basso da Silva, delator da Operação Tromper. Candidata à reeleição, a prefeita não apenas contratou, como também promoveu Basso dentro de sua administração, apesar de alegar publicamente que ele era uma “fruta podre” herdada da gestão anterior.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Vanda afirmou que Tiago foi uma herança da gestão de Marcelo Ascoli e que teria caído em uma armadilha ao mantê-lo na administração. No entanto, os registros oficiais indicam o contrário. Exonerado por Ascoli em dezembro de 2020, Tiago Basso da Silva foi recontratado por Vanda como “assessor especial de apoio administrativo” em janeiro de 2021, conforme publicação no Diário Oficial.

Tiago é nomeado na prefeitura de Sidrolândia (Foto:Reprodrução)

Apenas cinco dias depois de sua recontratação, Tiago foi promovido pela prefeita ao cargo de chefe do setor de Execuções e Fiscalização, com gratificação e salário elevado para R$ 3,6 mil mensais. Esse ato também foi registrado oficialmente, contradizendo a versão de Vanda e sua equipe.

Mesmo após a deflagração da Operação Tromper, em maio de 2023, Tiago Basso não foi imediatamente demitido. Segundo os documentos, ele foi orientado a permanecer em casa, continuando a receber seu salário sem exercer suas funções. A demissão oficial só ocorreu após sua prisão e o acordo de delação premiada, homologado pelo desembargador Paschoal Carmello Leandro, devido ao foro privilegiado de Vanda Camilo.

Cinco dias após sua nomeação,Tiago é nomeado chefe de setor (Foto:Reprodução)

O caso também envolve o genro da prefeita, Claudinho Serra (PSDB), vereador em Campo Grande e ex-secretário municipal de Fazenda na gestão de Vanda. Ele é acusado pelo delator de utilizar recursos do suposto esquema de corrupção para gastos pessoais, como o pagamento de cartões de crédito e festas na residência da prefeita que incluam até bebida alcóolica.

A delação de Tiago Basso ainda aguarda a análise do procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, em meio a um inquérito mantido sob sigilo. A reação das autoridades ao escândalo é aguardada com expectativa em Sidrolândia, onde o clima eleitoral se aquece com as revelações.

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