Quatro envolvidos na morte do pintor Magno estão presos

O caso do pintor Magno Fernandes Monteiro, assassinado e que teve o corpo escondido no quintal da própria casa, em Sidrolândia, teve um ingrediente de frieza e ousadia: quando a vítima ainda era dada como desaparecida, o suspeito debochou do caso na rede social.
O perfil de notícias do Instagram ”Babalizando MS” noticiou, em 26 de março, que Magno estava sumido e a polícia buscava encontrar a vítima. Já havia indícios que ele teria sido assassinado, mas o caso ainda era dado como desaparecimento.
Na ocasião da publicação, o suspeito do crime, Jailson da Conceição do Nascimento, que foi capturado em Nova Alvorada do Sul , comentou: ‘’que crueldade’’. Mesmo sabendo da verdade, o agressor teve a audácia de comentar nas reportagens sobre o caso e o pior, debochar da dor dos familiares.
Os suspeitos do crime João Pedro Lopes e Otávio Miguel apontaram que Jailson foi um dos envolvidos na morte de Magno.
O caso
A Polícia Civil prendeu dois homens, de 19 anos, por envolvimento no assassinato do pintor Magno Fernandes Monteiro, de 42 anos, em Sidrolândia . Ele estava desaparecido desde abril do ano passado.
As prisões ocorreram na tarde desta quarta-feira (22), após uma testemunha ter encontrado os restos mortais de Magno no quintal do terreno onde ele morava.
Segundo a Polícia Civil, a testemunha foi ao quintal da residência colher mandiocas e após cavar a terra, se assustou ao notar a presença de um objeto estranho. Ao ter conhecimento que a investigação sobre o desaparecimento de Magno estava em curso, de imediato a testemunha acionou a delegada responsável pelo caso, Cynthia Gomes, que ao chegar no local constatou que se tratava de uma provável ossada humana e acionou a perícia científica.
Em seguida, os policiais civis, com apoio de policiais militares, agiram rápido, e foram até o trabalho do suspeito e fez a prisão dele em flagrante por ocultação de cadáver. Na delegacia, o suspeito confessou o crime e apontou os outros dois envolvidos no homicídio, dando detalhes da empreitada criminosa, narrando a crueldade da ação.
”Ele disse que executaram a vítima com marteladas no crânio, além de facadas no abdômen e que o enterraram ainda com vida, aos gritos, no quintal da casa em que residia”, contou a delegada.
Com o nome do segundo envolvido no crime, o GOI (Grupo de Operações e Investigações) foi acionado e, com os policiais da Delegacia de Sidrolândia, fizeram o levantamento do endereço do outro suspeito, efetuando a prisão na residência dele. Na delegacia, esse segundo envolvido também confirmou a participação no crime, dando sua versão sobre a dinâmica da execução.
O caso teve uma reviravolta há cerca de dois meses quando uma mulher, também investigada de participação nesse homicídio, foi até a Delegacia de Polícia registrar uma ocorrência de violência doméstica e no registro informou que o autor, seu namorado, disse que faria com ela o mesmo que fez com a vítima, ou seja, que a mataria e enterraria o corpo no quintal da casa.
A partir daí a Polícia Civil, que até então tinha como linha investigativa para o desaparecimento da vítima eventual dívida de drogas, já que ele era usuário, corrigiu rotas e passou a ter como principal suspeito o verdadeiro autor. “Ele chegou a prestar depoimento na delegacia sobre os fatos na época, mas negou a autoria e naquele momento não realizamos sua prisão, pois não tínhamos elementos concretos para mantê-la.” Alegou a delegada Cynthia Gomes.
Com a descoberta da ossada, a Polícia Civil realizou a prisão em flagrante do autor, que mudou seu primeiro depoimento prestado na delegacia, no qual alegou não ter participação no homicídio, e dessa vez confessou o crime, descrevendo detalhadamente a ação e entregando os outros dois coautores.
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