Claudinho e mais 7 investigados foram alvos de mandados de prisão cumpridos
Chamado de “chefe” por outros investigados, o vereador Cláudio Serra Filho, o “Claudinho Serra” (PSDB), era mentor das fraudes em contratos milionários na Prefeitura de Sidrolândia. É o que aponta a investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Claudinho e sua cúpula, que contava com servidores públicos e empresários para fraudar licitações, foram alvos da terceira fase da Operação Tromper, nesta quarta-feira (3).
Eles são investigados por crimes de fraude em procedimento licitatório, falsidade ideológica, associação criminosa, sonegação fiscal e peculato. Os mandados judiciais foram cumpridos pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do Batalhão de Choque.
Para o Ministério Público se trata de “(…) duradouro esquema de corrupção incrustado na atividade administrativa do município de Sidrolândia, formado por uma organização criminosa constituída de agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios e desvio de dinheiro público diante da não prestação ou não entrega do produto contratado”.
A investigação apontou que a quadrilha criava empresas ou utilizava de pessoas jurídicas já existentes para participação conjunta nos mesmos processos licitatórios “(…) sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal”.
Inicialmente, a investigação chegou até Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”, até então identificado como o líder do grupo e alvo das primeiras fases da Tromper. “(…) exercendo poder/ingerência sobre diversas empresas que atuavam em licitações no Município, em regra empresas de fachada”, diz trecho do processo, Frescura agia com apoio de Ricardo José Rocamora Alves, também alvo da 1ª fase da operação.
O líder
Com os materiais apreendidos nas primeiras fases da operação, incluindo quebra de sigilo telemático, o Ministério Público chegou ao real líder do esquema, o ex-secretário Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e atual vereador em Campo Grande, Claudinho Serra, chamado de “chefe” pelos demais investigados.
“(…) ficou constatado que Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho é o mentor e responsável pela articulação dos esquemas relacionados a fraudes em processos licitatórios, desvios de recursos públicos e pagamentos/recebimentos de propina que envolvem os já denunciados Ueverton da Silva Macedo e Ricardo José Rocamora Alves.”
Mandados de prisão:
Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho (mentor dos esquemas);
Carmo Name Júnior (assessor direto de Cláudio Serra Filho);
Ueverton da Silva Macedo, o Frescura (um dos líderes, alvos da 1ª fase da operação);
Ricardo José Rocamora Alves (foragido desde a 1ª fase da Tromper – dava apoio a Frescura e também tinha empresas que venciam licitações);
Milton Matheus Paiva Matos (advogado e compactuava com esquema);
Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa (diretor/chefe dos setores de licitação e compras);
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