Hortaliças integram projeto de agricultura da UFMS e fornece alimentos para programas do Governo Federal
Horta na Aldeia Dez de Maio foi incendiada em Sidrolândia.No vídeo enviado ao Four News, gravado pelos próprios autores, é possível verificar o momento em que eles começam a destruir a estufa da plantação. A horta faz parte de um projeto de agricultura da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) e tem parceria com a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e com a Prefeitura de Campo Grande. Foram destruídos equipamentos e toda a plantação produzida.
O caso ocorreu no início da tarde de sexta-feira (21), mas as imagens foram divulgadas somente agora.
Segundo apurado pela reportagem, a ação dos autores do incêndio foi ocasionada por uma briga, em que uma liderança não concordou com resultado de disputa interna. Foram queimados um trator Tobata, estufa, caixa d’água. Além disso, mais de mil pés de alface e 1.500 pés de couve produzidos pelo projeto foram destruídos, bem como as mangueiras utilizada para irrigação da folhagem.
A coordenadora do projeto Agricultura Peri-Urbana em Comunidades Tradicionais e em Situação de Vulnerabilidade Socioeconômica em Mato Grosso do Sul, Vanderleia Paes Leite Mussi, relatou ao Campo Grande News que em 34 anos trabalhando com comunidades indígenas é a primeira vez que passa por isso. “Nós não interferimos em ordem interna deles, só lamentamos pelo ocorrido, porque isso acaba prejudicando a comunidade. São 23 famílias que atendem o programa PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) do Governo Federal”, destaca a coordenadora.
Ela pontua que a horta na Aldeia Dez de Maio foi a primeira implantada pelo projeto de agricultura e é considerada extremamente produtiva. “Nós implantamos a horta há seis anos e foi uma conquista da comunidade, porque esses processos burocráticos para atender o PAA e PNAE são muito rígidos. Ela (a horta) é bem antiga e que avançou muito nas plantações e que infelizmente foi destruída”, comentou Vanderleia.
Os equipamentos danificados pelos autores são considerados patrimônio público, cedidos pela UFMS para uso da comunidade. A coordenadora notificou o jurídico da instituição, que acionará o Ministério Público. “Como são patrimônios da União, o Ministério Público precisa ser notificado. Uma vez destruído, é preciso dar baixa nesses equipamentos no inventário”, finalizou a coordenadora do projeto.
Por:Campo Grande News
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