POLICIAL

Policial Civil é preso por suspeita de estuprar detenta dentro da Delegacia de Policia Civil de Sidrolândia

O caso só foi descoberto na manhã de terça-feira, um dia depois do crime, ocasião em que homens que ocupavam uma cela da delegacia solicitaram a presença de uma delegada da cidade.

Foto: MSNegócios

Segundo apurado pela reportagem do site Primeira Página, o boletim de ocorrência registrado aponta que, após o abuso, o suspeito ainda teria tentado comprar o silêncio de detentos que perceberam a vítima muito abalada, após retornar à cela.

O caso só foi descoberto na manhã de terça-feira, um dia depois do crime, ocasião em que homens que ocupavam uma cela da delegacia solicitaram a presença de uma delegada da cidade.

O grupo afirmava estar com um celular, o que chegou a ser questionado por policiais, mas só esclarecido após a chegada da delegada. Para ela, os detentos explicaram ter escutado a vítima chorando, na noite anterior, ocasião em que ela revelou ter sido abusada sexualmente pelo investigador.

Os próprios detentos teriam questionado o suspeito sobre o ocorrido, ocasião em que escutaram que não teria tido “nada”.

O servidor ainda teria alegado que a presa estava menstruada, por isso, foi retirada por ele da cela. Além disso, o policial ainda teria entregado o celular aos detentos, na tentativa de comprar o silêncio do grupo.

Ao ser informada sobre o ocorrido, a delegada procurou a vítima. Segundo a detenta, o suspeito teria ido até a cela dizendo que seu advogado estaria na delegacia e desejava conversar. Foi neste momento que, de acordo com a presa, ela foi retirada da carceragem.

À delegada, a vítima contou ainda ter sido levada para uma sala com sofá cinza, onde havia brinquedos de criança espalhados pelo chão. No local, a mulher afirma ter sido obrigada a ficar de joelhos, ocasião em que foi obrigada a fazer sexo oral no suspeito.

De acordo com a denúncia, a mulher ainda sofreu outros abusos no lugar. Para não deixar vestígios nas roupas da vítima, o servidor teria ejaculado em suas próprias mãos.

Muito abalada, a vítima relatou todos os detalhes do abuso chorando muito. Em novo depoimento, desta vez, na sala da delegada, a mulher contou que dias antes, no dia 4 de abril, o mesmo servidor havia levado ela para um quarto, onde tinha uma bicama e um banheiro ao lado, onde foi obrigada a ter relação sexual com o suspeito. Após o ato, a mulher afirmou ter sido obrigada a tomar banho.

Na ocasião, o suspeito também teria ameaçado a vítima, dizendo que se ela contasse alguma coisa, iria atrás dela “até no inferno”. Ele também teria afirmado que, como a vítima não possui familiares na cidade, ninguém sentiria falta dela.

Para a polícia, conforme os detalhes do depoimento da mulher, os abusos teriam acontecido na “Sala Lilás” da delegacia e no alojamento dos plantonistas, locais que a presa não teria acesso por conta própria.

Registros de imagem

Ainda segundo a denúncia, a delegada que ouviu a vítima, junto com o delegado de plantão, analisou as imagens de câmera de segurança e confirmou que o servidor havia retirado a mulher da cela, na noite anterior, às 18h23. Pelas imagens, ainda é possível ver que a presa foi levada de volta à cela, 20 minutos depois.

Já o telefone celular teria sido entregue aos presos por volta das 19h30. A detenta que dividia cela com a vítima também confirmou que a companheira foi retirada pelo investigador.

O caso foi informado ao diretor de Polícia Civil de Campo Grande e, com isso, policiais da Corregedoria foram atrás do servidor, localizando e conduzindo o policial à delegacia. No local foi dada voz de prisão ao suspeito.

O que diz a Polícia Civil 

À reportagem, a delegada chamada pelos detentos informou que o caso está em segredo de justiça e, por isso, não está autorizada a falar sobre o assunto. diretor do Departamento de Polícia da Capital, Wellington de Oliveira, reforçou que o caso é investigado em segredo de justiça, mas confirmou que o suspeito foi preso em flagrante.

Segundo apurado, após a justiça decretar a prisão preventiva do policial, o servidor permanece em uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, carceragem exclusiva para integrantes da corporação.

A defesa do policial civil ainda não foi localizada.

 

*Por: Primeira Página
*Curta nossa página: https://www.facebook.com/MSNegociosidro/
*Siga-nos no Instagramhttps://www.instagram.com/msnegocios/
-Quer receber notícias do Site MS Negócios via WhatsApp? Mande uma mensagem com seu nome para (67) 9 9267 9999 e se cadastre gratuitamente.

 

Deixar um Comentário