Tacuru apresentou 39 novos casos da doença, a maioria deles após um surto dentro da aldeia indígena da cidade. Não serão autorizadas reuniões, atividades esportivas ou religiosas no município, com o novo decreto.
Com 39 novos casos de Covid confirmados no município, a prefeitura de Tacuru, a 422 quilômetros de Campo Grande, publicou decreto, nesta quarta-feira (10), suspendendo as aulas presenciais e proibindo atividades coletivas na cidade.
Segundo o documento, não serão autorizadas reuniões, atividades esportivas ou religiosas, para frear o avanço da doença. O novo decreto ainda reforça a exigência do uso de máscara e de medidas preventivas em estabelecimentos comerciais, além de cobrar a vacinação para quem está com a segunda dose ou a dose de reforço atrasada.
“Nosso município foi um dos primeiros a ter os casos zerados a nível estadual. Mas com a flexibilização dos decretos, a população também relaxou os cuidados. Com isso, tivemos que adotar medidas mais restritivas, para tentar frear esse avanço”, afirma o secretário de saúde do município, Graziano da Silva.
“A maioria das pessoas contaminadas está vacinada e apenas uma teve complicações, então esperamos que toda a população se vacine”, comenta o gestor. Do início da pandemia até agora, o município de Tacuru registrou 17 óbitos em decorrência da Covid.
Surto começou em aldeia
Ainda de acordo com o secretário de saúde de Tacuru, o novo surto de Covid na cidade foi iniciado dentro da comunidade indígena. “Os primeiros focos começaram nas aldeias indígenas do nosso município, que é um cenário que tem acontecido também em outras cidades, chegando também em outras localidades aqui”, comenta Graziano.
Em entrevista transmitida pelos canais da Secretaria de Estado de Saúde (SES), no último dia 29 de outubro, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, disse que havia um surto de casos nas aldeias indígenas de Dourados, a 229 quilômetros de Campo Grande, que tem a maior reserva indígena urbana do país. No município, as aulas presenciais estão suspensas desde o dia 27 de outubro, por conta da alta de casos.
Autoridades em saúde se reuniram na capital, na última terça-feira (9), para debater ações que podem ajudar a conter o surto nas aldeias, especialmente em Dourados. Representantes do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (Dsei-MS), Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Saúde do estado participaram do encontro.
Ficou definido que os órgãos de saúde estadual e municipais devem ampliar ações para frear o avanço da doença nas aldeias, com a intenção de manter um trabalho conjunto com as direções de escolas estaduais e municipais de Dourados, e que já teve início, com testes de identificação da Covid e vacinação de adolescentes.
Os participantes ainda reforçaram a necessidade da ajuda de lideranças indígenas para manter o isolamento de contaminados e evitar aglomerações e festas. De acordo com a secretária adjunta de saúde do estado, Crhistinne Maymone, as aulas presenciais que foram suspensas nas 10 escolas indígenas devem ser retomadas nesta quinta-feira (11), para 3,8 mil estudantes.
A população indígena estava entre os grupos prioritários no início da vacinação, porém, com o início da aplicação da dose de reforço em agosto deste ano, a comunidade indígena ainda não entrou neste processo. “Esse surto poderia ter sido evitado se tivesse iniciado a imunização das comunidades indígenas ao mesmo tempo. Aconteceu muito mais cedo na população não indígena do que na indígena, não por falta de cobrança à Sesai e Dsei, fizemos vários pedidos e interlocuções, mas tivemos respostas tardias”, disse o secretário Geraldo Resende.
Segundo o Dsei, 128 indígenas estavam com Covid e em isolamento social nesta terça-feira (9), enquanto 5 estavam internados em leitos clínicos e 4 em leitos de UTI. Conforme os dados do Distrito, 4.906 indígenas foram infectados com a Covid desde o início da pandemia, com 108 óbitos.
*Por: G1
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