SIDROLÂNDIA

Fazendeiros expulsos da Aldeia Buriti espalham outdoor em Campo Grande em busca de justiça

A placa foi instalada em uma das ruas com mais movimento de ricaços da cidade.

Foto: Reprodução/Campo Grande News.

 

Fazendeiros expulsos da Aldeia Buriti instalaram um outdoor na rua Euclides da Cunha em Campo Grande. O objetivo da ação é cobrar justiça. A ilustração é um imóvel em chamas com a escrita: “Terras Buriti, há 20 anos esperando Justiça!”.

A imagem lembra o histórico conflito entre fazendeiros e indígenas. Os indígenas expulsaram esses fazendeiros em uma ação que eles consideram como retomada. Na ocasião uma das lideranças dos indígenas, o terena Oziel Gabriel de 35 anos, morreu ao levar tiros da PF- Polícia Federal, em 30 de maio de 2013.

Na foto é possível ver a sede da Fazenda Buriti pegando fogo, mesmo local em que o indígena foi morto.

O site Campo Grande News ouviu esses fazendeiros e ficou explicado que eles não pensam em ter as terras de volta, mas sim, querem que o governo federal pague indenização pelas áreas.

Ainda segundo o site, a decisão na Justiça está parada porque em 2018 o STJ -Superior Tribunal de Justiça rejeitou ampliação do espaço de aldeia e deu posse para os fazendeiros sob a afirmação de que ali não era terra indígena. Porém o processo está parado no STF- Supremo Tribunal Federal que aguarda uma decisão que será válida para todo o Brasil.

O outro lado da história – Estudos da Funai – Fundação Nacional do Índio, apontam que a Terra Indígena Buriti é nove vezes maior do que está documentado. A documentação diz que tem 2.090 hectares, mas no estudo a área é de 17.200 hectares.

Os indígenas que ali estão afirmam que o local é utilizado para cultivo de alimentos para subsistência como mandioca, batata doce, banana e feijão de corda.

 

Com informações do site Campo Grande News.

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