O local é de preservação ambiental e embaixo dele é um brejo. A obra de reconstrução pode chegar a R$500 mil.
Foto: MS Negócios.
O asfalto na rua Luís Bertran cedeu no Jardim das Paineiras na tarde da última terça-feira (26), após a passagem de um caminhão pesado. O caminhão ficou atolado no local. O pavimento foi inaugurado em março de 2020 em uma proposta de asfalto comunitário, onde a prefeitura paga uma parte e os proprietários dos imóveis pagam outra.
Nossa redação apurou que a empresa responsável pela obra, a MGM construtora estava irregular para participar de qualquer licitação e por consequência, qualquer obra.
Uma fonte nos informou que a empresa iria participar da licitação no Sol Nascente e Lauro Miller, porém foi desclassificada porque estava proibido de participar de licitação por seis anos. Mas conseguiu pegar a obra do asfalto comunitário.
Antes de ser uma rua loteada, o local recebeu dois laudos do Imasul – o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul dizendo que a área era de preservação ambiental. O primeiro laudo foi em 2010 e o segundo em 2013.
“Ali, embaixo de todo o asfalto é um brejo. Antigamente lá minava água. O custo para resolver todo o problema é muito alto e pode até dar um processo ambiental, porque a área é de preservação”, ressalta nossa fonte.
A empresa asfaltou a rua e depois pediu aditivo, o que lhe foi negada. Após muitos debates e discussões, o grupo de vereadores liderado por Kennedi Forgiarini (PP) se juntou e conseguiu a aprovação do aditivo.
Foto: MS Negócios.
O responsável pela empresa MGM Construtora, Genildo Mendes Gomes, explica que a empresa já trabalha com esse tipo de licitação em várias cidades do Estado e nunca tiveram problemas.
“Quando fizemos o asfalto desta rua, fizemos todo o levantamento com a prefeitura do que precisava para construir o asfalto e foi indeferido o projeto. Fizemos então um projeto paliativo, de menor valor e ele não ficou 100%”, afirma.
Gomes também enfatiza que para que o serviço fique com total qualidade, é necessário trocar todo o solo, colocar pedras, britas e manta com pelo menos 50cm para não afundar.
“Em todo o local não poderia ter ruas porque embaixo de tudo é brejo, o solo não suporta o peso e acaba cedendo por isso”, ressalta e complementa: “minha empresa está em nome da minha esposa e meus filhos, tenho o contrato social mostrando que a empresa está regular”.
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