SIDROLÂNDIA

Asfalto comunitário do Jardim das Paineiras; 300 metros de enganos, discórdia e suspeitas

Foto:Guilherme Augusto/MS Negócios

Faltam trezentos metros para a conclusão das obras do Jardim das Paineiras, mas não é tão fácil resolver a questão e, então isso envolve diversos fatores. Todos têm razão, e ninguém tem razão, mas quem, ao final vai pagar, é e sempre será a população.

Nas esquinas e bares o que se comenta é a propensão dos políticos em mascarar todas as obras públicas; o que se comenta nos gabinetes é que “sempre foi e sempre será dessa forma”.

Fica difícil para a população compreender, aquele povo que sobrevive apesar dos impostos, que é obrigado a comparecer às urnas, pois a nossa Democracia não nos dá o direito do voto, mas a obrigação do voto, o porquê de uma licitação feita com empresas especializadas, sempre alegar erros e exigir uma complementação em dinheiro para terminar uma obra, chegando a multiplicar os valores previamente estabelecidos.

Talvez a empreiteira haja conquistado a licitação pelo menor preço, mas também parece que demonstrou incompetência técnica para avaliar as condições aonde seriam executadas as obras.

Incrível pensar que apenas ao final da execução a empresa e seus engenheiros se deram conta de que o terreno não era da forma e nas condições que eles analisaram para se proporem a participarem da licitação. De repente, não mais que de repente, o solo analisado não era aquele analisado. De supetão descobrira que a terra não era boa. Então, fazer o quê? Quem se responsabiliza pelo erro?

Foto:Guilherme Augusto/MS Negócios

O Código de Defesa do Consumidor, para qualquer obra orçada, exigiria de qualquer empreiteiro que assumisse seu erro de cálculo. Errado quando se trata de obra pública, afinal será repartido entre toda a população, ainda que seja realizada em regime de mutirão apenas com a contrapartida da prefeitura.

Para quem trata com o dinheiro alheio, o que significa R$ 41 mil? Chega a ser risível. O presidente da Câmara Municipal,em decisão solo, disponibiliza R$ 20 mil , que não é seu, mas da população, como se fosse um anjo caído do céu, para socorrer a inocente empreiteira que foi alvo de um engano.

Nós não estamos tratando de um fim de obra particular em quem a diferença de preço beira a R$ 1 mil reais, estamos falando de uma população que aceitou o mutirão e despendeu R$  1.110.520,53. Dinheiro da população. Estamos falando de uma falha da empresa contratada. Se o erro foi da licitação, ou de cálculos de uma empresa com um grupo de engenheiros e administrados, por que quem deve arcar com o prejuízo é a população ? 

Novela ou Saga?

Assim como esse caso jurídico-administrativo se arrastou por tanto tempo, para não cansar e se perder em detalhes, essa matéria irá se prolongar. Prefeito aprova, presidente da Câmara dispõe de verbas (dinheiro) da população para favorecer empreiteira, engenheiros não conseguem estabelecer planilhas… Isso é dinheiro público, gostaríamos de saber se teriam a mesma posição em orçamento de uma empresa privada e arcariam com os prejuízos ou pediriam suplementação de verbas. Será?

 

Por: Dirceu Martins

Deixar um Comentário