A disputa judicial por um terreno tem deixado Sidrolândia em polvorosa e envolvendo desde a prefeitura, empresários e até um deputado Estadual que apesar de não figurar em nenhuma das partes do processo acaba se apresentando como advogado ou consultor de Nelson Feitosa interessado em comprar o terreno da Panesul, que foi anteriormente doado pela Prefeitura Municipal de Sidrolândia para a empresa que prometia gerar emprego e renda no município.
“Eu já dei assessoria tributária e jurídica para eles”, assume o deputado Gerson Claro (PP) que defendeu com veemência a venda do terreno com um prédio para o empresário Nelson Feitosa.
Fato é que nesse imbróglio apenas a população de Sidrolândia perde, já que o imóvel vale pelo menos R$ 3 milhões e foi inicialmente doado para gerar bem para os moradores e não para empresários.
Em maio deste ano o MPE (Ministério Público Estadual) também entrou no jogo e esclareceu que a intenção do empresário da Panesul nunca foi investir realmente na cidade. Consta nos autos que em inquérito civil o formal proprietário da empresa Willian , Paes Louzada Júnior afirmou formalmente “e deixou bem claro que não tinha interesse em investir”.
Acordo nulo
“A nosso ver, por tudo o que foi até agora angariado, o acordo firmado entre as partes é nulo de pleno direito, sendo inúmeras as ilegalidades encontradas, que certamente culminam o acordo de vício insanável. Como já noticiado, após o acordo celebrado entre as partes, instauramos inquérito civil tendo como objeto fiscalizar o cumprimento do acordo firmando entre as partes, e as informações que obtivemos agora deixam claro que o acordo jamais seria cumprido, estando evidente que a intenção das pessoas que estão por trás da requerida é o locupletamento ilícito”, opinou o MPE.
Pasmem que até aluguel do local a Panesul estava recebendo mesmo já tendo mudado o nome pra Vera Cruz, Importação e Exportação, quando o MP pediu que fossem suspensos os pagamentos de aluguéis do imóvel a empresa requerida, e criação de conta judicial e também decretação da nulidade do acordo firmado já que ninguém da empresa cumpriu o que foi acordado.
Assim o MP pediu a nulidade do contrato, e a anulação da doação do terreno agora “vendido”
E vem cenas do próximo capítulo, já que no local a ideia é construir um empreendimento hoteleiro.
Por: Liziane Berrocal
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