Réu em vários processos por corrupção,Jean Nazareth aproveitou a ocasião para defender outros interesses
Durante manifesto realizado em Campo Grande na sexta-feira passada, em que mais de 10 mil trabalhadores dos setores público e privado protestaram contra a reforma da previdência, data que ficou conhecida como o Dia Nacional da Mobilização contra a Previdência, o vereador de Sidrolândia, Jean Nazareth (PT), aproveitou a ocasião para defender outros interesses. Réu em vários processos por corrupção, o edil defendeu a liberdade do ex-presidente Lula, condenado e preso, além de outros temas em que não estava diretamente relacionados com o evento.
O petista, se aproveitou das circunstâncias, causando grande revolta e indignação nas redes sociais por parte dos cidadãos sidrolandenses que não se sentiram representados. A luta por direitos é necessária, mas utilizar os professores e outros trabalhadores como massa de manobra para ter palanque político é conduta reprovável, exceto para os critérios morais do vereador.
Atualmente Nazareth responde no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul a oito processos, dentre os quais por calúnia, difamação e injúria, violação dos princípios administrativos, por improbidade administrativa (três processos), dano ao erário, desonestidade, corrupção e desconsideração ao patrimônio público e desvio de dinheiro.
Processo
Ação protocolada em agosto de 2012 teve como objetivo acabar com a “farra de nomeações” concedidas pelos presidentes da Câmara Municipal de Sidrolândia para pessoas de seus círculos de amizade. Segundo o Ministério Público Estadual, tais irregularidades isso ocorriam desde o ano de 2008.
As nomeações não se davam, de fato, para funções de direção, chefia e assessoramento, servindo sim como apadrinhamento, troca de favores, “moeda política”, alternando-se os servidores de acordo com a mudança na Presidência da Câmara e os conchavos políticos. Preocupação com a qualidade, a efetividade e a economicidade no serviço público não existem.
A ação, que encontra-se em grau de recurso, também destacou casos de desvio de função em que Jean Nazareth colocou uma mulher nomeada para o cargo de “Assistente Parlamentar I”; mas, que no entanto, conforme confirmado por ela, em audiência, suas atividades se limitavam a copeiragem e limpeza do plenário da Câmara.
MS Negócios
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