SIDROLÂNDIA

Enquanto Gringo briga por mais assessores, população indígena sofre com má estrutura de escola e falta de representatividade

O vereador é a base da cadeia alimentar na política porque é ele que deve ter contato diário e direto com a população, deve estar na comunidade, no bairro, ouvindo o povo que o escolheu como representante e ainda é ele quem deve estar diretamente levando ao poder executivo as necessidades do povo e cobrando providências.

Porém, nos últimos dias em Sidrolândia os papéis se inverteram. Algumas publicações em redes sociais mostraram que o vereador Otacir Figueiredo, popularmente conhecido como Gringo, em dois anos de mandato ainda não entendeu qual é a função de tal cargo ao qual ocupa.

Desde a posse da cadeira da presidência pelo vereador Carlos Henrique, Gringo tem se incomodado com questões a respeito da administração da Câmara. Em um vídeo no Facebook, o vereador cobrou o presidente sobre a contratação de assessores, mais recentemente o vereador tem causado polêmica solicitando mais assessores, já que tem apenas um.

Não se sabe ao certo quais as grandes demandas do vereador que o fazem necessitar de pelo menos três assessores no legislativo de um município com pouco mais de 55 mil habitantes. O vereador que antes tinha seus favores atendidos pelo ex presidente, agora exige o mesmo do novo presidente que já afirmou que por questões de economia não atenderá os pedidos.

Uma segunda situação chama atenção, o vereador “Gringo” publicou em suas redes sociais um convite para participação da população na câmara para cobrar do legislativo a reforma de escolas área urbana: “Quero fazer um apelo a todos os pais de alunos de nosso Municipio, para que esteja na sessão de terça feira as 17:30…a Camara tem dinheiro em Caixa…374 mil reais…da pra reformar Todas as escolas…Monteiro Lobato, Pedro Aleixo, Natalia e Olinda….”.

O que chama atenção é que, enquanto o vereador cobra mais assessores para atenderem a seus caprichos e provoca rebelião em redes sociais por motivos impróprios (já que a câmara não tem autonomia para realizar uma reforma escolar), a escola da aldeia Nova Tereré, terra do vereador, está abandonada, sem representatividade alguma.

               

Nova Aldeia Tereré

Enquanto alunos estudam em situações precárias e esperavam um mínimo de cobrança do vereador a prefeitura para ajudar ao seu povo, ele surpreende e entra em discussão solicitando novos cargos para massagear o ego de parceiros de campanha Edno Ribas e Jean Nazareth.

A sessão ordinária desta semana,terça-feira (26) virou palanque para discussões,e acusações, já que outros vereadores se levantaram para lembrar que tantas cobranças feitas pelo legislador começaram quando ele se tornou oposição, mas quando estava na base da presidência não apresentou projetos válidos, muito menos questionamentos a gastos abusivos da Câmara Municipal em 2017 e 2018 quando então Jean Nazareth era Presidente da casa.

Jean,em sua fala “protestou” dizendo : Nós não temos um carro para rodar, não temos dois assessores e não temos diárias e nem quero”, teve a coragem de dizer o ex-presidente da Câmara, Jean Nazareth (PT) em plena sessão legislativa.

Jean passa presidência a Carlos Henrique

Em 2 anos, Jean “torrou” mais de R$ 12 milhões de reais a frente da câmara e devolveu apenas R$ 100 mil para a sociedade por meio de uma doação para aquisição de uma ambulância que precisou de uma contrapartida da prefeitura de mais R$ 60 mil reais. Ou seja, Jean retornou a sociedade menos de 1% do que recebeu.Jean Nazareth deixou a presidência com mais de 10 processos junto ao MP.

Em nota ao MS Negócios,Carlos Henrique,atual presidente disse que está sim dando condições aos vereadores fiscalizarem e trabalharem dentro da legalidade e sem exageros, pois pretende de fato agir com coerência e responsabilidade com o dinheiro publico.

Por: Heloisa Trindade

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