Se você pegou um buraco e o pneu murchou, provavelmente a roda foi trincada, e não é mais seguro usá-la. Já uma roda que foi amassada faz a direção trepidar. Em ambos os casos, é melhor trocar a roda e o pneus. Agora, se o dano foi só aparente (risco/arranhão), dá sim para consertar. Recomendamos sempre que houver um impacto forte ir a uma oficina para fazer novamente calibragem, alinhamento e balanceamento.
Hora de trocar
Fique atento às marcas TWI (Tread Wear Indicator), as barrinhas no fundo de cada sulco. Os pneus devem ser trocados quando a banda de rodagem gastar até chegar nelas. Isso normalmente ocorre de modo homogêneo. Se você andou com o carro desbalanceado ou desalinhado, porém, acontecerá só em partes do pneu. O ideal é trocar todos os pneus de uma vez, exceto o estepe (a não ser que tenha o incluído no rodízio). Se for trocar só dois, coloque os novos na traseira, independentemente de ser um carro de tração dianteira ou traseira.
Marca
Quando chegar a hora de trocar os pneus, não se preocupe em manter a marca original de fábrica. Compre a que achar melhor, desde que tenham as mesmas características. E isso não significa apenas a mesma medida: cada pneu tem seu índice de carga, velocidade e aplicação. Tudo isso deve ser levado em consideração. E nunca use pneus com limites inferiores aos dos originais. Ele pode ser superdimensionado, mas nunca subdimensionado.
Mudança de medidas
Na hora de trocar os pneus, mantenha os quatro sempre iguais (exceto se o carro foi projetado para ter pneus diferentes nas rodas traseiras e dianteiras, como esportivos). Em casos emergenciais, você pode até usar pneus de medidas diferentes em um eixo, mas nas duas rodas. Pneus diferentes no mesmo eixo desequilibram o carro, e em uma frenagem ele pode acabar desviando para o lado. Se for trocar as medidas dos quatro pneus, é preciso ficar atento. Quando o veículo é projetado, ele tem uma relação certa de transmissão. Cada giro do motor deve corresponder a uma distância na marcha escolhida. Então o que não pode mudar nunca é o diâmetro total do conjunto roda-pneu (a tolerância é de apenas 3%, segundo o Inmetro). Então, para colocar um pneu com perfil mais baixo, por exemplo, você tem que aumentar a roda. Se isso não for feito, o carro perde desempenho e tanto o hodômetro quanto velocímetro marcarão errado. Mas lembre-se que pneus mais largos aumentam o consumo (e os de perfil mais baixo prejudicam o conforto).
Pneus murchos
Pneus murchos prejudicam muito o consumo e a segurança, então o ideal é mantê-los sempre calibrados. As instruções estão no manual do proprietário (muitos carros têm as medidas também na tampa do tanque ou no batente ou porta do motorista). A pressão ideal muda dependendo do carro, do tipo de pneu e da carga que será transportada. O ideal é calibrar os pneus semanalmente (não se esqueça do estepe). E sempre com os pneus ainda frios, pois com o calor a pressão aumenta.
Pneu Verde
Os “pneus verdes” já estão em boa parte dos modelos nacionais. Eles são desenvolvidos para ajudar o carro a gastar o mínimo de combustível, mas sem perder em eficiência ou durabilidade. Com a ajuda da nanotecnologia e polímeros de última geração, as marcas desenvolvem peças com menor resistência à rolagem.
Prazo de validade
Pneus não têm data de validade, mas a garantia de fábrica costuma ser de cinco anos. De qualquer modo, a borracha perde a elasticidade com o tempo, então o ideal é descartar pneus com mais de dez anos, usados ou não. Caso apresentem problemas ou desgaste prematuro, e não seja por uma questão coberta pela garantia, os pneus devem ser sempre substituídos (leia ao final da reportagem em “Dez mandamentos para uma vida longa”).
Rodízio
O rodízio deve ser feito a cada 5.000 ou 10.000 km, para que os pneus se desgastem igualmente. Nos modelos 4×4, a mudança é em X. Nos de tração traseira, os pneus traseiros vão para a frente, do mesmo lado, e os dianteiros para trás, porém cruzados. Já em carros com tração dianteira, trocam-se os apenas os eixos: os pneus dianteiros vão para trás e os traseiros, para a frente. Mas há outros fatores a considerar, como o sentido de giro e a eventual assimetria no desenho (nesse caso há sempre um lado certo do pneu que deve ficar para fora). Eventualmente, pode-se modificar o esquema para corrigir pequenas irregularidades nos pneus.
Dez mandamentos para uma vida longa
Os hábitos do motorista podem aumentar a vida útil dos pneus. Confira 10 dicas para eles durarem mais:
1 – Calibrar os pneus semanalmente
2 – Fazer rodízios periódicos
3 – Evitar a sobrecarga do veículo
4 – Fazer manutenção preventiva no carro
5 – Usar pneus com medidas recomendadas pelo fabricante
6 – Fazer alinhamento e balanceamento a cada 10.000 km ou após impactos
7 – Utilizar o pneu indicado para o tipo de pista
8 – Observar periodicamente o indicador de desgaste dos sulcos
9 – Não deixar o pneu entrar em contato com derivados de petróleo e solventes
10 – Evitar dirigir com freadas fortes e mudanças bruscas de direção
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