A colheita só começou em alguns pontos isolados (abrangendo 2% dos produtores), principalmente naquelas propriedades onde o plantio foi em setembro, mas se projeta uma safra recorde de soja para Sidrolândia, que deve alcançar 646,6 mil toneladas, incremento de 25,19% sobre as 516 mil colhidas ano passado, tomando como base uma produtividade média de 55 sacas por hectare.
A área plantada aumentou de 184.400 hectares para 195.960 hectares, superando a projeção do próprio IBGE que fez uma estimativa de 190 mil hectares. O presidente do Sindicato Rural, Rogério Menezes, acredita que se ultrapassará a barreira dos 200 mil hectares na próxima safra, se aproximando dos anos 1980, que atingiu 220 mil hectares de área plantada, somando-se soja, milho e arroz.
Este crescimento de 6,18% da área cultivada em relação à safra passada, foi puxado pelo arrendatário da antiga Usina Santa Olinda em Quebra Coco, com 5 mil hectares e projeção de chegar a 7 mil na próxima safra, além de alguns produtores nas regiões do Capão e do Bolicho Seco.
A colheita começa num instante de desaquecimento do preço da soja, que hoje está cotada a R$ 60,00. Tomando como base um custo médio de R$ 3 mil, o plantio custou o equivalente a 50 sacas, restando em torno de 22 sacas de lucratividade (R$ 1.320,00 por hectare).
Panorama estadual
Relatório do projeto Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), divulgado pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), aponta que 3,2% da área plantada de soja no estado foi colhida até o momento.
As informações constam na Circular Técnica N° 194, que pode ser conferida na íntegra por meio de cadastro gratuito no link: http://www.sigaweb.org/ms/sistema/. Antes, a estimativa era de que até o dia 27 de janeiro cerca de 5% da soja seria retirada dos campos. No entanto, as chuvas registradas na semana passada interromperam os trabalhos em vários municípios produtores.
A região sul do estado está com porcentagem média de área colhida mais avançada, em torno de 3,9%, enquanto a região norte está com 2,3% de área colhida e, a região centro, com 1,7% da colheita finalizada.
De norte a sul
De acordo com a tabela apresentada na circular, 20 das 22 cidades do sul do estado acompanhadas pelo Siga MS neste levantamento iniciaram a colheita, e apenas Jardim e Bonito não iniciam o processo. Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Coronel Sapucaia e Laguna Carapã são as mais avançadas da região sul, com 6% da área concluída.
No centro do estado, das sete cidades da região, quatro começaram a colher: Campo Grande, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante e Sidrolândia, estando de fora, até o momento, Bandeirantes, Jaraguari e Terenos. A cidade mais avançada é capital, com 3% da produção colhida.
Na região norte, das 10 cidades dessa área, cinco começaram a tirar a soja dos campos: Alcinópolis, Chapadão do Sul, Costa Rica, São Gabriel do Oeste e Sonora. Ainda não começaram a colheita Camapuã, Coxim, Paraíso das Águas, Pedro Gomes e Rio Verde. As cidades mais avançadas são Chapadão do Sul e Costa Rica, com 5% da área colhida.
Em relação à safra 2015/2016, a porcentagem de área colhida neste ciclo 2016/2017 é inferior em aproximadamente 5,6% para a data de 27 de janeiro. Devido às condições climáticas registradas nesta safra, com veranicos ou chuvas muito esparsas, o tempo de vida da planta no campo foi maior, causando esse pequeno atraso médio de percentual de colheita.
Projeções
A comparação entre os números projetados para a safra 2016/2017 e os números finais da safra 2015/2016 indicam, até o momento, aumento da área plantada de aproximadamente 2,4%. Com isso, MS passa de 2,46 milhões de hectares plantados no ciclo anterior para 2,52 milhões de hectares semeados nesta safra 2016/2017.
Além disso, estima-se acréscimo de 2,4% em relação à produção do grão (de 7,601 milhões de toneladas na safra 2015/2016 para 7,787 milhões de toneladas na safra 2016/2017) e manutenção na produtividade, com 51,5 sc/ha.
Área plantada – Produção Colhida |
||
2004 |
178.500 toneladas |
85 mil hectares |
2005 |
94.800 hectares |
199.800 toneladas |
2006 |
93 mil hectares |
231.900 toneladas |
2007 |
95 mil hectares |
267.900 toneladas |
2008 |
95 mil hectares |
256.900 toneladas |
2009 |
97 mil hectares |
238.620 toneladas |
2010 |
115 mil hectares |
345.000 toneladas |
2011 |
120 mil hectares |
194.400 toneladas |
2012 |
130 mil hectares |
358 mil toneladas |
2013 |
142 mil hectares |
426 mil toneladas |
2015 |
176 mil hectares |
543 mil toneladas |
2016 |
184.400 hectares |
516 mil toneladas |
2017 |
195.950 hectares |
646,6 mil toneladas (estimativa de 55 sacas) |
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