Sidrolândia enfrenta desafios na valorização dos professores mesmo com repasse bilionário do Fundeb

Repasses variam entre R$ 10,6 mil e R$ 6,8 mil por aluno; Fetems cobra valorização da carreira e piso salarial

A cidade de Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul, está no centro das discussões sobre a destinação e aplicação dos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), especialmente em relação à valorização salarial e respeito à carreira dos professores. Apesar do MEC (Ministério da Educação) ter destinado R$ 5,1 bilhões ao Estado, garantir o piso nacional de R$ 4.580,57 segue como um dos grandes desafios.

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) destaca Sidrolândia como um exemplo positivo na remuneração de professores com nível médio, ficando atrás apenas da rede estadual. No entanto, ainda há preocupação com a progressão salarial. “Alcançar o piso é apenas parte da batalha. Precisamos garantir que os professores tenham uma carreira digna, com progressões justas ao longo do tempo”, afirma Deumeires Morais, vice-presidente da Fetems.

Além disso, o município enfrenta dificuldades em equiparar salários de professores convocados e efetivos, uma realidade compartilhada com outras cidades do Estado. Segundo a Fetems, a remuneração dos temporários estaduais é de R$ 7.020, superando a de cerca de 60 cidades para professores efetivos, mas ainda inferior aos concursados. “A redução dessa diferença é uma meta importante. O impacto disso na valorização do profissional da educação é imensurável”, ressalta Morais.

Com a chegada dos novos prefeitos, a Fetems reforça a necessidade de trabalhar junto aos sindicatos municipais para garantir a aplicação correta dos recursos. Em Sidrolândia, a comunidade educacional aguarda com expectativa os desdobramentos das negociações e a efetivação de medidas que assegurem uma educação de qualidade e a valorização dos profissionais.

Os desafios são muitos, mas os recursos do Fundeb trazem esperança. Agora, cabe aos gestores transformar esses números em impacto real na sala de aula.