Hospitais locais credenciados para o mutirão ainda aguardam início das operações estéticas em crianças e adolescentes
O programa “MS Saúde: Mais Saúde, Menos Fila”, lançado para reduzir as filas de cirurgias não urgentes em Mato Grosso do Sul, está perto de completar um ano e meio. No entanto, o objetivo de realizar cirurgias plásticas em crianças e adolescentes vítimas de bullying, anunciado como um dos destaques do mutirão, ainda não foi alcançado.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um inquérito em 24 de outubro para apurar a situação. Desde o lançamento do programa, com orçamento de R$ 45 milhões da Secretaria Estadual de Saúde (SES), nenhuma cirurgia desse tipo foi realizada. “Os pacientes com indicação cirúrgica estão finalizando a fase pré-operatória. Com isso, as cirurgias serão agendadas nas próximas semanas”, informou a assessoria do Hospital São Julião, de Campo Grande, responsável por 43 consultas realizadas até o momento.
Até o fim de junho o Hospital Emília Silvério não havia assinado termo para começar a atender em Sidrolândia, a agenda só abriu em setembro , mas sem nenhum paciente agendado. O MPMS também busca informações sobre o andamento das cirurgias e solicitou dados atualizados à SES e à Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau).
Apesar de críticas por parte de pedagogos e psicólogos, que consideram a proposta uma abordagem inadequada para o combate ao bullying, a demanda pelas cirurgias segue alta. “O tempo certo de realização da cirurgia é crucial”, afirmou Douglas Menon, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica em Mato Grosso do Sul, enfatizando a necessidade de estabilidade psicológica dos pacientes antes do procedimento.
O inquérito do MPMS também quer esclarecimentos sobre o investimento até agora, a relação de pacientes atendidos e o status dos contratos com os hospitais. Enquanto isso, a população de Sidrolândia e de todo o estado aguarda pelo início efetivo das operações prometidas, com a esperança de ver a promessa finalmente cumprida.
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Foto: Rede Social
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