Gaeco e PF realizam operação em Ivinhema

Prefeito é alvo de investigação por superfaturamento na merenda escolar e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram uma operação em Ivinhema, na manhã desta quarta-feira, investigando possíveis esquemas de corrupção envolvendo a prefeitura do município. A movimentação chamou atenção após agentes federais serem vistos em uma garagem que pertence a um dos investigados, envolvido na venda de um veículo associada ao prefeito Juliano Ferro (PSDB).

O Gaeco também visitou a sede da prefeitura, mas o Ministério Público Estadual ainda não divulgou detalhes sobre a ação. A investigação se intensificou após a Controladoria-Geral da União (CGU) identificar superfaturamento na compra de merenda escolar para as escolas públicas de Ivinhema. Entre os itens com sobrepreço, a CGU destacou a carne bovina, cujo quilo foi comprado por R$ 44,90, enquanto o preço médio local é de R$ 33,99. Só nessa aquisição, o prejuízo foi de R$ 98,1 mil, dentro de um rombo total estimado em mais de R$ 200 mil aos cofres públicos.

Além da suspeita de superfaturamento, o prefeito Juliano Ferro é investigado por lavagem de dinheiro e ocultação de bens, ligados a uma organização criminosa acusada de tráfico de drogas. O esquema foi desvendado a partir de uma apreensão de drogas, que revelou transações suspeitas envolvendo a compra de uma casa e uma caminhonete, associadas ao prefeito. Ferro, que se apresenta como “o mais louco do Brasil”, nega envolvimento direto no tráfico, mas a polícia segue investigando supostas transações ilícitas na aquisição dos bens.

Na última semana, a Polícia Federal já havia realizado oitivas e diligências na Prefeitura de Ivinhema, mas não detalhou o objetivo das ações. A operação desta quarta-feira inclui, além do prefeito, um vereador eleito recentemente e o dono de uma garagem, também alvos das investigações.

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Foto: Ivinoticias/divulgação