SIDROLÂNDIA

Incompetência ou descaso? CPI do transporte escolar acaba em pizza

Foto:Ilustração/MS Negócios

Não é possível entender que durante 90 dias, prorrogáveis por mais 60 dias (150 dias) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)  instaurada pela Câmara Municipal de Sidrolândia para analisar e verificar não tenha concluído as investigações sobre as empresas de transporte escolar do município. Faz de conta que eu… e vocês fazem de conta que…

Decurso de prazo. Uma quase brincadeira com a população. Deixaram para votar no último dia, então dois vereadores Jean Nazareth (PT) e Jonas Rodrigues (MDB) e asseguraram que não foram ouvidos e pediram prazo para análise. Conclusão: acabou o prazo. A relatora foi a vereadora Vilma Felini (PSDB)

Os argumentos são, no mínimo, suspeitos. Não havia empresa para ‘medir’ o trajeto. Estranho em uma época que qualquer GPS possa fazer isso. Estranho que haja necessidade de contratar uma empresa quando qualquer veículo de qualquer vereador possa percorrer o trajeto e avaliar as distâncias e condições das estradas e caminhos percorridos.

A comissão concluiu que há “total descontrole e ausência de fiscalização no tocante aos serviços de transporte”, embora não haver provado, “de forma cabal a existência de algum privilégio a esta ou aquela empresa”. “Não há transparência das formas como fixa o valor de cada linha, se leva em consideração as especificações de cada uma delas, se computam as diferenças de uma linha de asfalto e uma linha de estrada não pavimentada, onde os custos são maiores”.

A desculpa, e sempre há uma desculpa, é que “por falta de um profissional especializado para a realização de medições, o que não foi possível contar, pois demanda, além da disponibilidade do profissional, equipamentos apropriados, e recursos financeiros específicos para uma auditoria completa”.

E o GPS serve para o quê? E as planilhas que, por determinação das licitações, deveriam serem apresentadas?

Vamos por assim dizer, um estardalhaço, com custas a população, texto no “santinho” das próximas eleições dizendo “eu fiz isso, eu fiz aquilo” para não fazer absolutamente nada.

Cobrar explicações? De quem? Dos inoperantes vereadores? Da relatora Vilma à qual faltou tino administrativo para durante 150 dias empurrar a CPI? O GPS – que qualquer celular tem – para averiguar a distância percorrida,não mediu as distâncias?

Vamos fazer menos propaganda, durante a propaganda eleitoral, de falsas ações. Vamos deixar de entregar cestas básicas e mimos – que apesar de proibidos ainda são useiros e vezeiros – e passar a entregar aquele nariz de palhaço?

Acabou a CPI do NADA. Acabou em pizza de gosto amargo para a população. Por que não total transparência? Valmir Rozendo dos Santos, diretor de Transporte da Secretaria de Educação, admitiu que a ficha de frequência dos motoristas, não tem compatibilidade com a das diretoras das escolas, encarregadas de atestar se de fato o serviço foi prestado, o que dá margem para a empresa receber, mesmo em dias quando não há aula, comum acontecer em dias chuvosos.

 

Por: Dirceu Martins

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