Arquiteto em MS, professor aposentado pede impeachment de Bolsonaro

O arquiteto e professor aposentado Angelo Arruda entrou com pedido formal de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. 
Ele aponta que pela Lei federal é permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. 

“Então como cidadão brasileiro venho por meio desta solicitar a abertura de processo de apuração de crime de responsabilidade do Senhor Presidente da República, pois no desempenho do seu cargo, dos 8 crimes previstos na Lei, o mesmo pode ser incriminado pelo descumprimento de pelo menos quatro em desses crimes”, justificou no documento enviado ao presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O documento lista crimes de responsabilidade por assinar acordo com diversos países dentre eles os EUA e a União Europeia que comprometem a economia brasileira. “As exportações e os empregos como demonstram as falas dos economistas Nilson Araújo de Souza, Bresser Pereira e Laura Carvalho”, apontou colocando links de notícias.

Arruda também apontou o fato do presidente misturar religiosidade com gestai. “O Presidente da República, mesmo sabendo que o Estado é Laico, insiste em dizer que vai propor a indicação de futuros Ministros do STF como “terrivelmente evangélico” com a finalidade de acomodar as teses religiosas de 5 do artigo 6o.

Outro ponto foi que Bolsonaro teria se oposto diretamente e por fatos ao livre exercício do Poder Judiciário. “O Presidente ainda afronta o Poder Legislativo ao dizer que vai propor o nome de seu filho para Embaixador do Brasil nos EUA mesmo sabendo dos limites do nepotismo e da imoralidade do ato numa afronta política; o Presidente liberou emendas parlamentares ás vésperas da votação da Reforma da Previdência transformando o jogo de poder em um balcão de negócios quando que em campanha disse aos seus eleitores que jamais faria isso”, pontuou.

O arquiteto que teve carreira em Campo Grande (MS) ainda critica que “o Presidente da República nesses 200 dias de mandato tem agido na direção de retirar direitos do povo brasileiro especialmente dos índios, dos negros, quilombolas dentre outros e especialmente das mulheres. Seus atos e declarações inflamam a sociedade, dividindo-a ainda mais, desde que assumiu seu mandato”, apresentando mais links de matérias. 
Para completar o professor aponta que Bolsonaro atentou contra a segurança nacional ao assinar decretos mudando a sistemática de governar ouvindo a sociedade por meio dos colegiados e tem atuado defendendo a extinção dos conselhos pois eles atrapalham a sua administração. “Agindo assim descumpre a CF, as leis e os tratados universais da democracia”, alega.
“As falas recentes do presidente Jair Bolsonaro (PSL), publicadas pela imprensa brasileira assim descriminadas ferem a probidade na administração”, finaliza apontando os seguintes pontos.

a) a da manhã do dia 29 de julho de 2019 sobre a morte de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil);
b) a de que quem luta pelo meio ambiente no Brasil é vegano;
c) a fome no Brasil é mentira;
d) a de chamar os governadores do Nordeste, pejorativamente, de Paraíbas;
e) a de classificar um general do Exército de melancia (verde por fora e vermelho
por dentro);
f) a de colocar em dúvida a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão;
g) a contida na frase: “Os nossos ministros são como uma corrente que tem que puxar o Brasil pra frente. E não tem ministério mais forte que o elo mais fraco dessa corrente.”;
h) a de defender o trabalho infantil, proibido pela legislação brasileira;
I) a de colocar em risco a segurança pública ao dizer que é favorável a que se tire carteira de motorista sem exame nenhum;
j) a de colocar em risco a segurança das crianças se dizendo a favor da inexistência dos bancos para crianças em automóveis;
l) a de gozar com um japonês num aeroporto numa filmagem dizendo que ele tinha “bem pequenininho”; 
m)a de constranger ministros especialmente do BNDES pela televisão;
n) a de fazer propaganda de bijuterias de nióbio no Japão;
o) Tem que ser alguém que chegue com um lança-chamas e toque fogo no Paulo Freire;

 

Por: A Onça