CORRUPÇÃO

Ex-pregoeira acusada de corrupção pede retirada de tornozeleira eletrônica para trabalhar

Ana Cláudia Alves Flores argumenta que monitoramento impede trabalho integral em buffet e destaca sustento do filho e dos pais idosos

A ex-pregoeira de Sidrolândia, Ana Cláudia Alves Flores, entrou com pedido na Justiça para retirar a tornozeleira eletrônica que precisa usar desde que se tornou ré em um esquema de corrupção no município. Ela argumenta que o equipamento a impede de trabalhar plenamente em um buffet em Campo Grande, dificultando o sustento de seu filho e o cuidado com seus pais idosos.

“A requerente tem filho para sustentar e é mãe solteira, estando atualmente cuidando ainda de seus pais que são idosos”, justificou a defesa de Ana Cláudia em petição protocolada pelo advogado.

De acordo com o documento, a ré atua em eventos organizados pelo buffet, recebendo uma porcentagem do valor arrecadado. Contudo, o uso da tornozeleira eletrônica a impede de participar de eventos noturnos ou fora da cidade. “Com a desinstalação da tornozeleira, a requerente poderá atuar em todas as atividades para qual a empresa onde trabalha seja contratada”, argumentou o advogado.

Na tentativa de convencer a Justiça, a defesa ressaltou que Ana Cláudia cumpriu todas as medidas cautelares impostas, sem alterações, e que a retirada do equipamento “não representa qualquer risco à segurança processual”. O pedido aguarda decisão do juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, de Sidrolândia.

Outros réus já se livraram da tornozeleira

O caso de Ana Cláudia Alves Flores está inserido no contexto da Operação Tromper, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que revelou um esquema de corrupção na gestão da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo. A investigação prendeu 23 pessoas, incluindo Claudinho Serra, apontado como chefe do esquema enquanto ocupava o cargo de secretário de Fazenda do município.

Desde as prisões, vários réus foram soltos sob medidas cautelares, como o uso da tornozeleira eletrônica. Alguns conseguiram se livrar do equipamento, como Ricardo José Rocamora Alves, considerado o principal operador do esquema, que recentemente obteve autorização judicial para a retirada do monitoramento. No entanto, outros envolvidos, como Carmo Name Júnior, ainda permanecem sob vigilância eletrônica.

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Foto:Divulgação/ilustrativa

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