Os dois são réus acusados de participarem de esquema de desvios de verbas que seria chefiado pelo ex-vereador Claudinho Serra (PSDB)
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Sidrolândia segue no centro das investigações da Operação Tromper, que revelou um esquema de corrupção comandado pelo ex-secretário e ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB). Entre os réus, o ex-servidor do setor de compras, César Augusto dos Santos Bertoldo, apresentou defesa à Justiça alegando que os valores recebidos do empresário Ricardo José Rocamora Alves referem-se apenas a pagamentos por sessões de fisioterapia feitas com sua esposa.
Bertoldo nega qualquer envolvimento ilícito e destaca que as decisões de atestar notas e receber mercadorias dependiam de vários servidores, não recaindo exclusivamente sobre ele. Sua defesa reforça que todas as testemunhas ouvidas no processo afirmam que ele não teve participação no esquema e pedem sua absolvição.
Enquanto isso, o ex-chefe de licitações do município, Marcus Vinicius Rossettini de Andrade Costa, tenta se distanciar dos demais acusados e solicitou à Justiça a retirada da tornozeleira eletrônica. No pedido, ele argumenta que não deve receber o mesmo tratamento destinado aos outros réus, já que há provas contundentes e robustas contra eles, mas não contra ele. Além disso, Marcus alegou que não reside mais em Sidrolândia e se mudou para Campo Grande para evitar associações indevidas.
Por outro lado, a Justiça reforça os impactos do esquema de corrupção. O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva manteve a tornozeleira eletrônica para Claudinho Serra e outros cinco réus, enfatizando que os crimes cometidos violaram o caráter competitivo de licitações e desviaram dinheiro público, resultando em prejuízos significativos à sociedade.
Claudinho, que tentou se livrar da tornozeleira alegando exercer emprego lícito como vereador, participou de sua última sessão legislativa um dia antes de ser preso. Ele permaneceu 23 dias detido e, desde então, emendou licenças até o fim do mandato.
As investigações conduzidas pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e pelo Gaeco revelaram fraudes em diversos setores da Prefeitura de Sidrolândia. Segundo a delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva, empresários pagavam propinas de 10% a 30% do valor dos contratos públicos, esquema que envolvia a Fundação Indígena, o Cemitério Municipal, o abastecimento da frota de veículos e outros serviços municipais.
O caso segue na Justiça, enquanto a sociedade aguarda desdobramentos e punições aos responsáveis pelo desvio de recursos públicos
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Foto: Divulgação
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