Acusado de chefiar esquema de fraudes em Sidrolândia, parlamentar é obrigado a apresentar defesa; envolvimento na Operação Tromper inclui crimes como peculato e fraude a licitações

O vereador licenciado do PSDB, Claudinho Serra, finalmente foi intimado pela Justiça em uma ação que o aponta como o líder de um esquema de corrupção em Sidrolândia. A intimação, que ocorreu no último dia 19 de agosto, só foi possível após meses de tentativas frustradas do oficial de Justiça, que desde abril tentava localizá-lo.
“Esse é um caso emblemático, onde a demora em notificar o réu gerou indignação”, comentou uma fonte próxima ao processo. A defesa de Claudinho Serra havia informado um novo endereço à Justiça, o que permitiu que a intimação fosse realizada.
Claudinho Serra, que já foi secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia, durante a gestão de sua sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP), é acusado de uma série de crimes, incluindo organização criminosa, fraude a licitações, fraude de contratos e peculato.
Entre as alegações do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) está a de que Serra liderava um esquema que envolvia o desvio de recursos públicos em diversas áreas, incluindo o Cemitério Municipal e a Fundação Indígena. A delação premiada de um ex-servidor reforça as acusações, detalhando fraudes que incluíam repasses irregulares de até 30% dos contratos.
Enquanto os desdobramentos do caso continuam, Claudinho Serra permanece afastado de suas funções como vereador e não concorrerá à reeleição, tendo perdido o prazo para registrar sua candidatura. Desde abril, ele usa tornozeleira eletrônica, após passar 23 dias preso em Campo Grande. Agora, Serra tem 10 dias processuais para responder às acusações.
A Operação Tromper, que resultou na denúncia de Serra e outros 21 envolvidos, continua sendo uma das principais investigações de combate à corrupção no estado. “A Justiça começa a fazer seu papel, mas ainda há muito o que se apurar”, concluiu uma fonte que acompanha o caso de perto.
Além de Serra, outros oito investigados, apontados como membros do grupo criminoso, também conseguiram relaxamento de medidas cautelares recentemente, mas continuam obrigados a usar tornozeleira eletrônica e cumprir recolhimento domiciliar noturno.
são eles :
- Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho– vereador do PSDB apontado como o ‘chefe’ da corrupção em Sidrolândia
- Carmo Name Júnior– Assessor de Claudinho apontado pelo MPMS como o recolhedor da propina para Claudinho
- Ueverton da Silva Macedo– Apontado como ‘líder empresarial’ que operava o esquema para Claudinho
- Ricardo José Rocamora Alves– Empresário que ‘abraçava’ maiorias das notas do esquema
- Milton Matheus Paiva Matos– empresário
- Ana Cláudia Alves Flores– ex-pregoeira da prefeitura de Sidrolândia
- Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa– ex-chefe de licitações de Sidrolândia
- Thiago Rodrigues Alves– fazia ponte do esquema de Claudinho e verbas liberadas pela Agesul
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