As votações relâmpagos e a farra das diárias na Câmara de Vereadores de Sidrolândia.

Votações relâmpago em regime de urgência, para atender ao pedido do prefeito que precisa fazer os ajustes e manobras com o dinheiro publico e no final, depois do carimbasso de aprovado, sempre sobra uma diária aqui outro cargo lá, afinal é preciso manter a base forte para aprovar sem questionar os projetos do executivo assim o barco do Legislativo vai remando no mar da indignação popular.

Este é o retratado fiel da câmara de vereadores de Sidrolândia. Se de um lado o Legislativo esteja de joelhos para o poder executivo, aprovando tudo de olhos fechados em votações relâmpago, do outro, os olhos estão bem abertos fixados nas diárias e cargos para o vereadores da chamada base do governo. Apenas no primeiro semestre deste ano, o portal da transparecia mostra que já foram gastos R$ 125.220.28( Cento e vinte cinco mil Reais duzentos e vinte e dois Reais e vinte e oito centavos) para os vereadores e assessores participarem curso de aperfeiçoamento, quase sempre em cidades turísticas.

Neste ranking das diárias lidera o primeiro secretario da casa vereador Edno Ribas que já recebeu R$ 26.017.92 (vinte e seis mil a dezessete Reais e Noventa e dois centavos. em diárias, seguido pelo presidente da casa vereador Jean Nazareth que recebeu R$ 17.317.12 (dezessete mil trezentos e dezessetes Reais e doze centavos) o terceiro colocado é o vereador Jonas Rodrigues Barbosa que recebeu R$ 9.459.84 Nove Mil Quatrocentos Reais e oitenta e quatro centavos) em diárias, todos no primeiro semestre deste ano.

Na câmara de vereadores de Sidrolândia o que impera é a vontade do chefe do executivo, totalmente submissos vereadores tem aberto mão de legislar, apenas carimbar os projetos do executivo, para cumprir formalidades, todos em regime de urgência e mesmo aquele que não tramita neste rito, o presidente da casa sempre da um jeito com as conversas de pé de ouvido e conduz as votações no plenário do jeito que ele quer.

Na pratica o projeto é lido quando inicia sessão e antes mesmo de terminar já esta aprovado, tudo no mesmo dia e se duvidar não leva 10 minutos.

Mecanismos e instrumentos de fiscalizar o que o prefeito esta fazendo com o dinheiro publico é a chamada Comissões Técnicas, pouco tem opinado, pois neste ritmo por mais sábios ou doutores que sejam os vereadores, um parecer técnico e estudo aprofundado da legalidade da matéria em pauta precisaria de mais tempo. É temeroso um Legislativo que não preza pela legalidade ou como esta sendo gasto o dinheiro público. Se o chefe do executivo mandou é pra aprovar, é assim que tem sido, sem direito a discussão ou estudo técnico dos projetos, até mesmo pareceres jurídicos da Procuradoria Jurídica da Câmara quando pela ilegalidade dos atos tem sido dispensado pelo presidente vereador Jean Nazareth.

Voz isolada na oposição os vereador Carlos Henrique e Waldemar Acosta, vem se posicionando contra em todas as comissões a essa pratica no Legislativo, mas pelo menos até o presente momento não surtiu efeito.

Uma pergunta intrigante: E os discursos de campanha em trabalhar pelo povo, ser o fiscal do povo nos gastos com o dinheiro publico? Há isso já ficou no passado, afinal a campanha já terminou e já estão todos eleitos, agora é momento de atender o prefeito, e assim vai garantido os cargos aqui outro acolá, e o povo calejado continua a penar.