Acusado de obstrução, Ueverton Macedo da Silva alega que não entregar o aparelho não prejudicou as investigações; Gaeco contesta e afirma que o celular foi crucial para a Operação Tromper

Ueverton Macedo da Silva, conhecido como ‘Frescura’, afirmou à Justiça que o fato de não entregar seu celular durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão não obstruiu as investigações do Ministério Público. O réu, acusado de ser um dos operadores de um esquema de corrupção em Sidrolândia, liderado pelo ex-vereador Claudinho Serra (PSDB), também responde por obstrução da Justiça, após esconder o aparelho em um bunker em sua residência.
Em sua defesa, o advogado Fábio de Melo Ferraz argumenta que a não entrega do celular não constituiu obstrução, uma vez que o Ministério Público não é considerado um órgão do Poder Judiciário e, portanto, não pode ser o alvo de um crime de obstrução de Justiça. Além disso, o advogado sustenta que tal atitude não impediu o andamento da investigação, uma vez que o réu já está sendo processado por outros crimes.
Porém, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contradiz a defesa, afirmando que o aparelho de Ueverton Macedo da Silva era de extrema importância para o avanço das investigações. A terceira fase da Operação Tromper, que levou à identificação do líder do esquema de corrupção, Claudinho Serra, foi possível após a extração de dados do celular do empresário.
Em audiência, Ueverton optou por permanecer em silêncio. Sua prisão ocorreu após as últimas eleições municipais, quando ele foi acusado de envolvimento na compra de votos em favor da prefeita não reeleita, Vanda Camilo (PP). O caso segue sendo acompanhado de perto por autoridades, enquanto a defesa insiste na ausência de danos à investigação, destacando o direito do acusado de não produzir provas contra si mesmo.
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Foto: Marcos Maluf
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