POLÍTICA

Soraya reage a Bolsonaro na Paulista: “burrice ou oportunismo” e pede para “nem nem estudar”

A senadora Soraya Thronicke (Podemos) reagiu à fala do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante manifestação na Avenida Paulista, onde negou ter articulado um golpe de Estado. “Burrice ou oportunismo? Golpe de estado pode ser dado sem tanques na rua”, reagiu a ex-candidata a presidente em 2022 e eleita em 2018 como a “senadora do Bolsonaro”.

Durante discurso para milhares de apoiadores na Avenida Paulista, o ex-presidente negou que tenha articulado um golpe de Estado, como sugere em um vídeo divulgado pelo Supremo Tribunal Federal. Alvo da Operação Tempus Veritatis, o capitão pediu para passar uma borracha no passado.

“Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer a classe política para o seu lado, empresários. Nada disso foi feito no Brasil”, afirmou Bolsonaro em cima do trio elétrico na Avenida Paulista.

Ao compartilhar reportagem do jornal O Globo sobre a manifestação de Bolsonaro, Soraya contestou o ex-presidente. “Burrice ou oportunismo? Golpe de estado pode ser dado sem tanques na rua!! Que tal mandarmos o ‘nem nem’ estudar?, postou a senadora. Soraya se refere ao ex-aliado como nem-nem, porque, na sua opinião, Bolsonaro faz parte da geração de jovens que não estuda nem trabalha.

Sobre a minuta golpista, na qual previa a decretação de estado de sítio e prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro disse que as medidas seriam tomadas dentro das quatro linhas da Constituição.

“Golpe usando a Constituição? Estado de sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não’, afirmou.

“Eu busco a pacificação, passar uma borracha no passado. Buscar uma maneira de vivermos em paz. É por parte do Parlamento brasileiro uma anistia para os pobres coitados presos em Brasília”, propôs.

A medida beneficiaria uma centena de réus condenados pelo STF pela invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo e do Palácio do Planalto pelos bolsonaristas no dia 8 de janeiro do ano passado. Quatro moradores de MS já foram condenados a penas entre 15 e 17 anos de prisão.

“Pedimos um projeto de anistia para que seja feita uma anistia no Brasil. E quem depredou o patrimônio, que pague. Mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade”, lamentou Bolsonaro.

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Foto e texto: O Jacaré

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