Empresário acusa MP de usar provas ilícitas e tenta anular processo em esquema de corrupção que abalou a cidade
A defesa do empresário Roger William Thompson Teixeira de Andrade, réu em um processo decorrente da Operação Tromper, que desvendou um suposto esquema de corrupção em Sidrolândia, contestou duramente as acusações. Segundo o advogado Michael Marion Davies Teixeira de Andrade, a denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) estaria apoiada em provas ilícitas.
O caso envolve o vereador licenciado Claudinho Serra (PSDB), apontado como líder do esquema que teria desviado recursos públicos durante a gestão da prefeita Vanda Camilo (PP), sogra do parlamentar. A defesa de Roger William argumenta que os prints de WhatsApp apresentados como provas pelo MPMS carecem de autorização judicial prévia, o que os tornaria inválidos.
“Provas ilícitas não podem sustentar um processo”
Na petição apresentada, o advogado afirma que “a ausência de autorização judicial prévia configura ação arbitrária do Ministério Público”. A defesa pede a nulidade da denúncia ou, alternativamente, que o juiz declare o empresário inocente. Caso nenhuma dessas opções seja aceita, é solicitada perícia nas imagens para atestar sua autenticidade.
O pedido está agora nas mãos do juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Comarca de Sidrolândia, que deve decidir os próximos passos do processo.
Histórico de contestações
Essa não é a primeira vez que réus tentam barrar o andamento do caso. Claudinho Serra, considerado o chefe do esquema, já tentou, sem sucesso, transferir o processo para a capital, Campo Grande, alegando que a Comarca de Sidrolândia seria inadequada para julgar as acusações.
Preso preventivamente em abril, Claudinho passou 23 dias na cadeia antes de ser liberado mediante o uso de tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares. Ele é acusado de chefiar um esquema de fraudes em licitações e corrupção quando era chefe da Secretaria de Fazenda de Sidrolândia.
Operação Tromper: desvendando o esquema
A Operação Tromper, que já está em sua terceira fase, revelou um esquema envolvendo Claudinho e mais 21 réus, incluindo empresários e servidores públicos. Delações premiadas do ex-chefe de licitações Tiago Basso da Silva e do empresário Milton Matheus Paiva foram fundamentais para detalhar o funcionamento das fraudes.
Até o momento, o MPMS não se pronunciou sobre as recentes alegações da defesa. A reportagem continua acompanhando o caso e aguarda novos desdobramentos.
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Foto: Rede Social
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