Ministério Público investiga fraudes envolvendo idosos e analfabetos em ações judiciais suspeitas de serem manipuladas por organizações criminosas

Após a realização da Operação “Arnaque” pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (GAECO/MPMS), a 2ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia deu início a um inquérito civil para apurar a responsabilidade civil de advogados envolvidos em um esquema de fraudes judiciais. A investigação tem como foco a prática de “advocacia predatória”, que visa enganar idosos e analfabetos para abrir ações sem seu consentimento, resultando em prejuízos financeiros para as vítimas.
De acordo com as investigações, as demandas foram abertas sem o conhecimento ou consentimento dos idosos e analfabetos, que nem sequer sabiam dos valores conquistados em nome deles. A ação foi promovida com o intuito de identificar a atuação de organizações criminosas estruturadas para obter vantagens financeiras ilícitas por meio dessas práticas fraudulentas.
Em um dos casos investigados, a perícia grafotécnica constatou que a assinatura de uma das vítimas em um documento era significativamente diferente de sua assinatura padrão, levantando sérias suspeitas de fraude. Além disso, informações de uma grande instituição financeira, responsável pelo pagamento de pensionistas e aposentados, apontaram milhares de ações judiciais temerárias contra instituições financeiras, algumas das quais foram reconhecidas pelo Judiciário como inválidas.
A Operação “Arnaque” cumpriu mandados em diversos estados, incluindo Mato Grosso do Sul, e abrangeu cidades como Iguatemi, Naviraí, Paranhos, Tacuru, Sete Quedas, Eldorado, Anaurilândia e Chapadão do Sul. As investigações apontam para crimes como estelionato, apropriação indébita, corrupção e lavagem de dinheiro, todos com foco em pessoas vulneráveis, como idosos e analfabetos.
Em Sidrolândia, o caso foi encaminhado para a Polícia Civil, que dará sequência à investigação criminal. A 2ª Promotoria de Justiça também analisará os documentos relacionados ao caso para apurar a responsabilidade civil dos advogados envolvidos e tomar as providências necessárias, incluindo a possível comunicação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre infrações ético-disciplinares.
O Ministério Público Estadual segue comprometido com a reparação dos danos causados às vítimas e a identificação dos responsáveis, enquanto a sociedade de Sidrolândia aguarda os desdobramentos dessa complexa operação de combate ao crime organizado.
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Foto: Four News
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