Nesta manhã de segunda-feira (21), a comissão da CPI formada pelos vereadores Enelvo Junior, Adavilton Brandão, Ademir Gabardo e Cleyton Martins foram impedidos por alguns servidores da prefeitura de Sidrolândia de pegarem documentos referente as licitações investigadas pelo GAECO na operação TROMPER.
Segundo o vereador Enelvo Junior, eles foram impedidos de pegarem as cópias dos documentos e até cortaram a luz do local, além de mandarem alguns servidores embora mais cedo.
“Tivemos uns entraves pesados, a secretaria de governo ao meio dia. Mandaram o pessoal da licitação embora e perto das 13h cortaram a energia para pararem todos os computadores e não fornecerem os documentos”, disse Enelvo Junior.
Além disso, o vereador cita que isso é crime, porque é dever como vereadores fiscalizarem.
“Isso que eles fizeram, é crime, todo vereador tem direito de requerer um documento dentro do órgão público, porque o dever do vereador é fiscalizar. Estamos aqui com a nossa CPI atuando e trabalhando em favor da nossa população de Sidrolândia, mas estamos sendo proibidos pelos funcionários da prefeitura”, ressalta o vereador.
Os vereadores ainda falam que vão buscar forças para terem essa documentação.
CPI
A Câmara de vereadores voltou nesta terça-feira (1º) do recesso parlamentar e já começou os trabalhos com uma polêmica, vereadores da base da prefeita Vanda Camilo (PP) questionaram a legalidade da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada em sessão extraordinária durante o recesso.
De acordo com o presidente da Câmara, vereador Otacir Pereira Figueiredo (PP) os colegas não quiseram assinar a ata referente à abertura da CPI: “Os vereadores alegaram que a sessão extraordinária foi no recesso, porém a CPI já foi aberta”.
O G8 que é formado pelos vereadores Enelvo Junior Felini, Izaqueu Diniz, Cleyton Martins, Ademir Gabardo, Adavilton Brandão, Elieu Vaz, Cristina Fiuza e Otacir Figueiredo, se mobilizaram para que essa CPI fosse aberta.
Operação TROMPER
Começou no dia 18/05, quando o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, em atuação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e da 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, deflagrou a Operação Tromper para dar cumprimento a 16 mandados de busca e apreensão.
A investigação apurou a existência de esquema de corrupção na atividade administrativa do município de Sidrolândia, em funcionamento ao menos desde o ano de 2017, destinado à obtenção de vantagens ilícitas por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica e fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal.
Para dar ares de legitimidade aos certames licitatórios e promover o desvio dos recursos públicos reservados para a execução dos contratos, o grupo criminoso viabilizava a abertura de empresas e seu registro junto ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) ou se aproveitavam da existência de cadastramentos pré-existentes para incrementar o objeto social sem que o estabelecimento comercial apresentasse experiência, estrutura ou capacidade técnica para execução do serviço contratado ou fornecimento do material adquirido pelo ente municipal.
Tromper, verbo que dá nome à operação, traduz-se da língua francesa como ‘enganar’.
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