Não é a primeira vez que a Federação de Futebol de MS é alvo de investida contra corrupção
O dirigente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, preso nesta terça-feira (21) em ação contra desvio de dinheiro na entidade, já havia sido condenado pelo mesmo motivo, em 2010.
Na época, o mandatário foi condenado a pena de quatro anos e cinco meses, em regime semiaberto, por desviar valores na casa dos R$ 56 mil. Ele foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por supostamente ter transferido recursos da entidade para a conta particular.
Ainda conforme o MPMS, parte do dinheiro teria sido usada em campanha política, quando concorreu e ganhou para prefeito de Rio Negro, cargo eletivo que exerceu de 2001 a 2004.
CPI ‘enterrada’
O deputado estadual Evander Vendramini (PP) chegou a tecer críticas à FFMS e avaliou abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para, segundo ele, abrir a ‘caixa-preta’ do futebol. Foram duas tentativas frustradas para investigar possíveis irregularidades no futebol estadual, em 2019 e 2020.
“Os estádios vazios, clubes sem incentivo e jogadores desmotivados. Nos anos 80, o futebol sul-mato-grossense era destaque e, infelizmente, hoje o retrato é de abandono. A Federação Estadual sempre esteve na mão dos mesmos dirigentes, precisamos urgentemente reorganizá-la para retomar o crescimento e modernizar nossos clubes”, declarou.
Na época, defendeu uma investigação para apurar como os recursos estaduais foram aplicados pela entidade.
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