Apesar de avanços, apenas 6,17% dos eleitos em MS se autodeclaram pretos, refletindo desigualdades estruturais.
Sidrolândia, uma das principais cidades de Mato Grosso do Sul, terá três representantes negros entre os políticos eleitos em 2024, um reflexo tímido, mas significativo no cenário estadual, onde a representatividade preta nos cargos públicos segue em patamares baixos. Entre os eleitos, estão os vereadores Edilaine Tavares (PT) Carlos Alessandro (Lê) (PSDB) e Adavilton Brandão (MDB), que assumirão mandatos em 2025. Adavilton foi reeleito.
Em todo o estado, apenas 62 dos 1.005 cargos disputados foram ocupados por candidatos autodeclarados pretos, representando 6,17% do total, segundo levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O número, ainda que maior do que os 53 eleitos em 2020, reflete o desafio de superar as barreiras históricas da desigualdade racial na política.
Sidrolândia não está sozinha nesse movimento. Municípios como Coxim, que terá cinco representantes pretos, e Campo Grande, com quatro vereadores eleitos, lideram em números absolutos. Contudo, 40 cidades sul-mato-grossenses ainda não terão nenhum representante autodeclarado preto nos próximos mandatos, escancarando a persistência da exclusão racial na política.
Mesmo com a adoção de cotas partidárias e incentivos financeiros para candidaturas negras, a desigualdade no acesso ao poder permanece uma barreira significativa. Em Sidrolândia, a eleição de três representantes negros aponta para uma mudança gradual, mas ainda insuficiente frente à população negra do município e à complexidade de seus desafios sociais.
Com a posse dos novos vereadores, a expectativa é que a pauta da igualdade racial ganhe mais visibilidade e que o avanço, embora pequeno, abra portas para futuras gerações de líderes negros no estado.
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Foto: Rede Social / Divulgação
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