Difícil acreditar que atiradores do “crime organizado” como relatou o deputado, tenham errado tão feio e se assustado com uma pistola, quanto tinham submetralhadoras .40.
Atiradores preparados acertaram apenas a parte traseira do veículo, não direcionando os projéteis para os ocupantes do veículo. Ou são bons ‘profissionais’ e simularam o ataque, ou são extremamente amadores e, nesse caso, não cabe imputar o suposto atentado ao crime organizado.
Parece que os tiros saíram pela culatra
Pode ser, e tudo é apenas uma suposição, que o deputado tenha buscado nesse “atentado” ganhar mídia local e nacional após um mandato pífio. Mas, pelo jeito, tem conseguido apenas uma vexaminosa divulgação de um atentado sob suspeita.
O deputado Loester Trutis (PSD/MS), em sua fala no plenário da Câmara recorreu a matérias divulgadas pela mídia local e acusou os veículos de não lhe darem espaço porque seriam comprados. E a questão é: divulgar exatamente qual ação, trabalho, projetos, participações ativas nos trabalhos da Casa a serem divulgadas?
“Os leigos e engraçadinhos ‘esquecem’ que no MS o crime organizado sempre teve participação na política. Cigarreiros, traficantes e líderes de esquadrões da morte se tornaram vereadores, deputados, e quase fizeram até um governador”, afirmou.
“Todo mundo sabe do que estou falando, mas ninguém toca no assunto. Esses políticos, com a ajuda do crime organizado, colocam milhões de reais na imprensa local, que por isso também não é confiável. Igualmente, ninguém tem coragem de dizer isso! Então, antes de fazer uma piada ou dizer que foi uma simulação, lembre-se que esse grupo está em todas as esferas do poder há mais de 30 anos, e em 2018 eu quebrei esse ciclo ficando com uma das vagas de deputado federal”, disparou.
Nada contra a fala do primeiro parágrafo, são rumores que permeiam entre a população do estado, sejam verídicas, ou não. Quanto ao segundo parágrafo de sua fala o Ideal News gostaria que informasse como pegar um naco desses milhões de Reais distribuídos para a imprensa.
Outro ponto que nos faz espécie: quem, sob fogo de submetralhadoras consegue contar a quantidade de tiros disparados. Submetralhadora e apenas 6, conforme disse antes, ou 9 corrigindo-se depois, tiros disparados?
“Eu e minha equipe sofremos uma emboscada, e o nosso veículo foi atingido nove vezes. Com a graça de Deus, com a habilidade do meu motorista e graças à pistola 380 a qual eu portava, eu estou vivo”, disse.
Entre tiros disparados contra ele, e as matérias estampadas corretamente pela “imprensa que recebe milhões”, contra a qual o deputado Loester Trutis voltou sua metralhadora giratória, resta explicar esse estranho atentado. Mas, a nós, da “imprensa milionária” resta reportar os rumos das investigações a serem realizadas pela Polícia Federal.
› FONTE: Dirceu Martins
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