A fintech Nubank anunciou recentemente a ativação da funcionalidade débito em seus cartões e já causou alvoroço em relação ao futuro dos bancos tradicionais no Brasil.

O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, afirmou em um almoço com a imprensa, na última sexta-feira, 14, que o Nubank é uma ameaça para a estratégia digital do banco. “Eu gostaria de ter os cinco milhões de clientes do Nubank. O Nubank é uma ameaça, mas vem fazendo um bom trabalho e precisa ser respeitado”, destacou.

Frente à estratégia da Nubank de destacar-se por oferecer isenção de anuidade e taxa de manutenção, rentabilidade automática e transferências gratuitas e ilimitadas para qualquer banco, o executivo ressaltou também a necessidade de se colocar na balança e levar em consideração os serviços prestados e as tarifas dos novos bancos.

Segundo ele, o banco digital do Bradesco, conhecido como Next, superou as expectativas e encerrará o ano com 500 mil clientes. “Nossa meta era abrir entre 2.000 e 2.500 contas por dia. Já estamos abrindo 5.000. O Next é uma aposta vencedora e acreditamos que vai se fortalecer como um canal de distribuição do banco”, avalia.

 

 

2018

Lazari afirma que apesar de 2018 ter sido um ano difícil, marcado por um cenário político polarizado, o Bradesco deve entregar suas metas em termos de balanço financeiro.

Do lado da rede física, o presidente disse que os últimos ajustes de fechamento de agências já aconteceram e que o trabalho do banco agora é apenas de acompanhamento diário e mudanças pontuais. Segundo ele, a instituição fechou 457 agências em 2016, 200 no ano passado e deve encerrar o exercício atual com menos 150 unidades.