POLÍTICA SIDROLÂNDIA

Vereadora e professora que votou contra sua classe e arquivamento de CPI tentará reeleição

Juscinei Claro, conhecida por votar a favor em todos os projetos do Executivo,busca retornar à Câmara Municipal de Sidrolândia

A vereadora Juscinei Claro (PP), que ficou marcada por sua atuação controversa na Câmara Municipal de Sidrolândia, voltou ao cenário político após quatro anos e tenta reeleição. Juscinei foi uma das figuras centrais em duas decisões que geraram grande repercussão na cidade em 2022.

Em junho daquele ano, durante uma sessão ordinária, os vereadores aprovaram por oito votos a seis um Projeto de Lei Complementar que reduzia em R$ 300 o piso salarial dos professores comissionados da Reme (Rede Municipal de Ensino). A proposta, que tinha autoria da prefeita Vanda Camilo (PP), foi incluída na pauta de votação sem constar no protocolo da Câmara, gerando surpresa e revolta entre os professores que acompanhavam a sessão.

“Foi uma traição ao nosso esforço e dedicação”, afirmou um dos professores presentes na época, que pediu para não ser identificado. Joana Michalski, então vereadora, foi uma das que votou a favor da medida, sendo vaiada pelo público presente.

Além disso, em abril do mesmo ano, Juscinei votou pelo arquivamento de uma CPI que investigaria a prefeita Vanda Camilo, apenas uma semana após sua abertura. A CPI havia sido instaurada para apurar denúncias contra a prefeita, mas com o voto favorável de Joana e outros colegas, o processo foi interrompido.

investigação

Corre sob sigilo uma investigação com o gasto de R$ 191 mil da Câmara Municipal de Sidrolândia com notebooks quando Juscinei foi Presidente no biênio 2021/2022. O resultado da licitação foi publicado em setembro de 2021, com vitória da empresa Sagepro Comércio e Serviços Ltda.

O pregão presencial foi denunciado em outubro de 2021 à Ouvidoria do Ministério Público. De forma anônima, o denunciante informa que foram adquiridos 16 computadores por R$ 191 mil. Da divisão do valor por quantidade, o custo unitário é de R$ 12 mil. Enquanto que o produto custaria R$ 6,2 mil no site da fabricante para compra direta.

A A pedido da promotoria, a Dell encaminhou todas as notas fiscais de computadores vendidos em 2021 para a empresa Sagepro Comércios e Serviços, localizada em Santa Catarina. Na época,a reportagem não conseguiu contato com a empresa.

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