Mães alegam que o atendimento realizado pelo hospital foi o motivo do ocorrido.
O Hospital Elmíria Silvério Barbosa pode ter sido negligente com duas gestantes em trabalho de parto. De acordo com as alegações das mães, a demora no atendimento é a provável causa do óbito dos seus bebês.
De acordo com Janayna Sabino Leite, gestante de 19 anos, ela chegou no dia 23 de março no hospital sentindo muitas contrações, e com início de sangramento intenso. Ao chegar, em vez de ser encaminhada para sala de parto, foi colocada em uma maca. Ali ela começou a perder muito sangue e o médico de plantão disse que era um descolamento de placenta, e começou a tentar escutar o coração do bebê e não conseguia.
Ela foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande, e chegando lá foi atendida pela equipe médica que a examinou que constatou que o bebê estava morto. De acordo com a informação da equipe médica era provável que o bebê havia morrido no hospital em Sidrolândia. Janayna foi encaminhada para fazer uma cesariana para retirar o bebê morto. Ela corria risco de morte e o procedimento foi realizado sem anestesia por causa da urgência. A Santa Casa colocou como causa do óbito o descolamento da placenta.
O seu filho, que ia se chamar José Pedro Sabino dos Santos, tinha todo o enxoval montado. Seria o primeiro filho, o que causou um trauma tão profundo, tanto que ela não consegue nem entrar no quarto onde dormiria com seu bebê. Não consegue olhar para o enxoval, começa a chorar a perda da realização de um sonho, ser mãe.
Outra mãe
A outra gestante é a Gabrielly de Souza Custódio, de 18 anos, chegou ao hospital no dia 13 de abril e estava tudo bem com ela e com o bebê. Ela foi liberada para voltar pra casa porque o médico disse que ela não tinha dilatação suficiente para realizar o parto, e que retornasse ao hospital quando a dor aumentar.
Ao voltar para casa, logo começou a sentir muita dor por causa da contração, e voltou imediatamente ao hospital. A equipe médica fez os exames e foi constatado que a dilatação ainda não era suficiente para fazer o parto. Ela e o bebê estavam bem naquele momento, apesar de sentir muita dor. Pediu se era possível fazer uma cesaria ou encaminhada para Campo Grande.
Gabrielly estava acompanhada pela mãe, que vendo sua filha com dificuldades, pedia todo momento que alguém fosse olhar sua filha. O médico estava realizando outro parto naquele momento. Uma enfermeira fez exame no bebê e não sentiu o batimento do coração. O médico ao chegar vendo aquela situação, encaminhou-a para a Campo Grande, e disse que já devia ter sido encaminhada para lá.
Em Campo Grande ela foi para a maternidade Cândido Mariano, onde foi realizada uma cesariana pra tirar o bebê morto. O nome do bebê ia ser Brian Kalev, que iria ser o primeiro filho, primeiro sobrinho, primeiro neto e primeiro bisneto. Gabrielly tinha o sonho de ser mãe, e essa ocorrência deixou um trauma. Ela tinha o quarto todo montado com seu enxoval.
Resposta
O Hospital Elmíria Silvério Barbosa foi procurado desde quinta-feira (16.04) para responder sobre as mortes ocorridas com as gestantes. Até o momento de fechamento da matéria não havia se pronunciado com sua versão dos fatos.
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