Para o tucano, Trad entregou a prefeitura em situação fiscal bem pior do que quando a recebeu
O pré-candidato a governador do Estado pelo PSDB, Eduardo Riedel, rebateu hoje (18) em entrevista à rádio CBN o ex-prefeito de Campo Grande e também postulante ao governo, Marquinhos Trad, que na semana passada se autorrotulou como o “novo” na política regional e classificou o tucano como “continuísmo”.
“O ex-prefeito foge de um debate mais aprofundado sobre o governo ao fazer esse tipo de afirmação. Ele está há 26 anos na vida pública, é de uma família que de maneira geral só faz político”, argumentou Eduardo Riedel, ao lembrar que nunca foi político e que jamais disputou eleição partidária.
“Represento um modelo de gestão, sim. Entrei pela primeira vez no governo em 2015 e tive a humildade de aprender com profundidade sobre a máquina pública antes de aceitar o desafio de me candidatar a fazer a gestão do Estado de Mato Grosso do Sul”, pontuou o tucano.
Entregas à sociedade
Para ele, não existe mais espaço para aqueles que querem fazer política “apenas pela política”. Segundo Riedel, principalmente no âmbito do Poder Executivo, a gestão tem de ser direcionada a busca de resultados.
“A política tem que entregar resultados para a sociedade. Só um Estado bem gerido e eficiente pode fazer isso, pois tem de ter recursos para poder investir. Se o Mato Grosso do Sul é o Estado que hoje mais investe no Brasil, é porque alcançou essa condição. Se é um Estado que possui os maiores programas sociais no Brasil, é porque teve condição de realizar isso”, ressaltou o pré-candidato.
Rombo fiscal
Para Eduardo Riedel, o fato de Marquinhos Trad se autorrotular o novo “é uma discussão de quem só viveu da política até hoje, há 26 anos. Trabalhou sempre na política e quando esteve pela primeira vez no Executivo não entregou, deixou a gestão de um município no meio do caminho, em condições piores do que quando assumiu do ponto de vista fiscal”.
Tesouro Nacional
De fato, em março passado o Tesouro Nacional mostrou que Trad endividou o município além do índice permitido, atropelando a chamada “regra de ouro”, ao atingir 110,76% do comprometimento das receitas, provocando enorme rombo nas contas públicas, “legado” que jogou no colo de sua vice, Adriane Lopes, que hoje enfrenta sérias dificuldades para administrar a prefeitura em função da situação de penúria em que se encontram os cofres do município.
Além do endividamento fora de controle, Marquinhos Trad comprometeu mais de 60% do limite de gastos com os salários dos servidores, descumprindo regra estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mudanças entregues
“É uma discussão que não prospera, se é novo, quem é o novo. Nunca participei de nenhuma eleição. Nunca participei da vida política, a não ser como gestor, nesses últimos sete anos, para conhecer, para aprender. Estou muito tranquilo em dizer que foi uma grande escola e que a gente conseguiu entregar as mudanças necessárias na gestão que fizemos”, finalizou Eduardo Riedel.
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