CORRUPÇÃO SIDROLÂNDIA

Em panfleto Vanda cita cascalhamento,uma das ações que prendeu genro em esquema milionário

Empresário seria “dono” de R$ 10 milhões em contratos fraudulentos com a Prefeitura de Sidrolândia que beneficiava genro

Em um dos desdobramentos da Operação Tromper, o empresário Edmilson Rosa, conhecido como “Rosinha”, tornou-se réu por corrupção na terceira fase da investigação. O ex-servidor Tiago Basso da Silva, delator do esquema, revelou que Rosinha comandava cerca de R$ 10 milhões em contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, principalmente para recapeamento de avenidas e cascalhamento de vias. O empresário, segundo a denúncia, seria o verdadeiro proprietário de duas empresas que venceram licitações fraudulentas: a AR Pavimentação e a GC Pavimentação.

As investigações conduzidas pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) apontam que a GC Pavimentação estava registrada no nome de um “laranja”, enquanto as duas empresas dividiam o mesmo endereço em Campo Grande e compartilhavam maquinário. “Dias atrás, caminhão flagrado nas ruas de Sidrolândia estava adesivado com os dois nomes”, revelou um investigador.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, o líder do esquema, Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra (PSDB), exigia até 30% do valor dos contratos para garantir a continuidade dos serviços. O MPMS descreveu o esquema como uma máquina “voraz em consumir dinheiro público”.

Esquema

No panfleto ,Vanda anuncia cascalhamento de vias , coincidindo com a prisão de seu genro o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB). Ele é apontado como líder da organização criminosa que fraudava licitações e desviava valores de Sidrolândia, usava a emissão de notas fiscais fraudulentas para tentar dissimular os crimes. Isso é o que aponta relatório do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).

Conforme o procedimento de investigação, as licitações eram fraudadas por meio do então secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra. Para isso, integravam o grupo outros servidores do município, além de empresários que eram os vencedores das licitações.

A partir daí, no decorrer da execução dos contratos, eram realizados empenhos visando apenas o desvio de dinheiro. Ou seja, o pagamento feito pelo Município para as empresas, que, na verdade, servia apenas para o bolso dos investigados porque não resultava em serviços para a cidade.

Depois disso eram emitidas as notas fiscais forjadas. “Apurou-se que os valores a título de propina eram repassados conforme a necessidade e/ou exigência de agentes políticos e servidores públicos, sendo a partir de então estipulado pelos empresários a margem de lucro que seria aplicada sobre o valor repassado (propina), em quais contratos púbicos recairiam as cobranças dos valores, bem como quais produtos formalmente licitados constariam nas notas fiscais forjadas”, aponta a investigação.

Em uma das conversas de Ueverton Macedo, empresário também preso na operação, ele fala sobre a necessidade de emitir notas fiscais fraudulentas. Essa necessidade teria surgido a pedido de Claudinho Serra.

Ueverton conversava com Tiago Basso, então servidor de Sidrolândia e responsável pela emissão das notas, enquanto chefe de setor de execuções e fiscalização no município. Em conversa flagrada pelo Gecoc, Ueverton pede uma nota fria relacionada ao setor de obras.

Nesse caso, não seria fornecido qualquer produto, nem mesmo seria executado algum serviço.

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Foto: Rede Social

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